O governo da Turquia disse nesta quarta-feira que não tem planos para extraditar o vice-presidente do Iraque, Tariq al-Hashemi, que está em território turco, mesmo depois de a Interpol tê-lo colocado em sua lista de mais procurados.
O Iraque acusa Al-Hashemi de terrorismo, dizendo que ele dirigiu e financiou esquadrões da morte que tinham como alvo funcionários do governo, forças de segurança e peregrinos xiitas.
Al-Hashemi, que é sunita, diz que as acusações são falsas e motivadas por rivalidade política com a liderança xiita de Bagdá.
O vice-primeiro-ministro da Turquia, Bekir Bozdag, disse que Al-Hashemi está na Turquia para tratamento médico e que seu país não tem planos de extraditá-lo. "Não tenho certeza se haverá uma nova avaliação no futuro", disse Bozdag. "Mas como governo, nossa posição sobre isso é muito clara. Não vamos extraditar alguém a quem estamos dando apoio."
O ministro também disse que a Turquia não recebeu cooperação suficiente do Iraque para a detenção dos partidários do grupo rebelde curdo Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que realizou ataques dentro da Turquia a partir de bases no norte do Iraque.
A Interpol disse em seu site que emitiu um "alerta vermelho" para Aal-Hashemi, respondendo a um pedido de Bagdá. Um alerta vermelho da Interpol pede a prisão de uma pessoa com vistas à sua eventual extradição. Os alvos de alertas vermelhos fazem parte da lisa de mais procurados da organização.
O secretário-geral da Interpol, general Ronald K. Noble, disse que o alerta vermelho para Al-Hashemi "vai restringir significativamente sua capacidade de viajar e cruzar fronteiras internacionais". As informações são da Associated Press.
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