O primeiro-ministro da Turquia, Tayyip Erdogan, que viajou aos Estados Unidos neste domingo (6) para se encontrar com o presidente Barack Obama, disse que o país não contribuirá com tropas adicionais para o Afeganistão.
A viagem de Erdogan acontece no momento em que as relações com países muçulmanos alimenta percepções de que o membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) está se distanciando de seus tradicionais aliados do Ocidente.
Na semana passada, Obama anunciou que está enviando mais 30 mil soldados norte-americanos ao Afeganistão, e Washington quer que outros sigam o mesmo caminho.
"A Turquia já fez o que pode para ampliar seu contingente no Afeganistão para 1.750 soldados, ante 700, sem que fôssemos solicitados para fazer isso", disse Erdogan antes de deixar Istambul.
Os soldados turcos não estão envolvidos em operações de combate e o país tem resistido à pressão de Washington para oferecer mais tropas.
O premiê turco disse que vai discutir questões regionais com Obama, como a situação do Iraque e do Oriente Médio.
No mês passado, Erdogan visitou Teerã para assinar acordos de gás e comércio. A Turquia recebeu o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, durante um encontro de países islâmicos em Istambul. A Turquia também ampliou suas relações com a Síria, por meio de unidades para exercícios militares conjuntos.
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