Região turística de Istambul foi alvo do ataque na terça-feira (12). Dez pessoas morreram na ação| Foto: OZAN KOSE/AFP

Cinco pessoas foram postas em prisão preventiva nesta quarta-feira, suspeitas de envolvimento no atentado suicida da véspera em pleno centro de Istambul, atribuído ao Estado Islâmico e no qual dez turistas alemães morreram.

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O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, indicou nesta quarta que a polícia efetuou "hoje outras quatro novas detenções", elevando a cinco o número de suspeitos detidos desde o início das investigações.Mais cedo, o ministro do Interior turco, Efkan Ala, havia informado sobre a prisão de uma pessoa na terça-feira à noite.

Não há informações sobre as identidades dos suspeitos. Berlim afirmou nesta quarta-feira que as dez vítimas fatais eram alemãs. O atentado também deixou 17 feridos, entre eles uma peruana, que receberá alta nas próximas horas.

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Davutoglu informou que o homem-bomba que matou os dez alemães entrou no país como um imigrante comum fugido da Síria. "Essa pessoa não foi investigada (como procurado suspeito). Ela entrou na Turquia como um imigrante qualquer", acrescentou. Segundo as autoridades, o ataque foi cometido por um sírio de 28 anos que entrou no país a partir de seu país e que seria integrante do EI.

De acordo com a imprensa turca, o jihadista seria Nabil Faldi, de origem saudita, e que teria entrado na Turquia no dia 5 de janeiro. Sua identificação teria sido possível graças a impressões digitais coletadas pela polícia.

Após o atentado, a polícia lançou várias operações em círculos jihadistas, aparentemente sem relação direta com os atentados, e deteve nove pessoas em Antalya (sul) e Mersin (sul), entre elas três russos, segundo a agência de notícias Dogan.

Só na terça-feira foram detidos 65 supostos simpatizantes do EI em Ancara, Esmirna (oeste), Kilis, Adana, Mersin (sul) e Sanliurf (sudeste). O presidente islamita-conservador, Recep Tayyip Erdogan, acusado de ser indulgente com os jihadistas sírios, decidiu finalmente no ano passado participar da coalizão internacional contra o jihadismo e prendeu muitos membros do EI.

Desde então deteve supostos membros do grupo e informou ter frustrado vários atentados.O atentado de Istambul ocorre três meses depois de outro ataque diante da estação central de Ancara no qual 103 pessoas morreram.

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Segundo a imprensa turca, o autor do ataque de Istambul, chamado Nabil Falbi e nascido na Arábia Saudita, entrou na Turquia como refugiado em 5 de janeiro e pôde ser identificado rapidamente graças às impressões digitais registradas pelos serviços de imigração.

No Vaticano, o papa Francisco condenou o ataque e pediu orações pelas vítimas.

Em pleno centro histórico

O suicida detonou seu cinturão de explosivos na manhã de terça-feira em pleno centro histórico de Istambul, no local onde se erguia o antigo hipódromo de Constantinopla, perto da basílica de Santa Sofia e da Mesquita Azul, locais visitados todos os anos por milhares de turistas estrangeiros.

O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, visitou nesta quarta-feira os feridos e depois se dirigiu com De Maizière ao local do ataque, onde depositou rosas vermelhas aos pés de um obelisco próximo.

Durante a manhã foram retirados os cordões de isolamento no local do atentado e os turistas voltavam a aparecer.

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Várias pessoas renderam homenagem às vítimas depositando flores no local do ataque.

A Turquia vive em estado de alerta permanente desde o duplo atentado suicida de 10 de outubro em Ancara, no qual além dos 103 mortos, 500 pessoas ficaram feridas. O ataque era dirigido contra manifestantes pró-curdos reunidos diante da estação e foi atribuído ao EI.

Além disso, desde o ano passado o país está afundado em um novo conflito entre as forças de segurança e o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), rompendo o frágil cessar-fogo que havia durado dois anos.

A imprensa independente turca denunciou nesta quarta-feira a ambiguidade do governo e sua responsabilidade nos atentados recentes.

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"Estamos sentados sobre uma bomba relógio e a única razão desta situação é esta tolerância obsessiva com os grupos jihadistas" do governo, noticiou o jornal Hürriyet.