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Construção precária

Turquia prende construtor de edifício destruído por terremoto; mortes passam de 23 mil

Turquia está tomando medidas para evitar fuga de empreiteiros de prédios que desabaram; mais de 19 mil pessoas morreram no país e 4 mil na Síria (Foto: EFE/EPA/ERDEM SAHIN)

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O construtor de um edifício residencial exclusivo que ruiu com mais de cem pessoas em seu interior na província de Hatay, após os terremotos que sacudiram a Turquia na última segunda-feira (6), foi detido nesta sexta-feira (10) quando tentava fugir para Montenegro.

Huseyin Yalçin Coskun, que construiu um dos edifícios mais luxuosos da Antioquia, com 12 andares e 250 apartamentos, foi detido no aeroporto Sabiha Gokçen, em Istambul, segundo informou o jornal Cumhuriyet.

O Renaissance Residence era um dos edifícios mais exclusivos da cidade, construído em 2013 e com seus apartamentos anunciados como “um retrato do paraíso”. Além disso, assegurava que foi construído seguindo os mais rígidos critérios de qualidade e segurança.

Personalidades conhecidas da cidade moravam no prédio, como o jogador de futebol ganês Christian Atsu, do Hatayspor, que está desaparecido, possivelmente sob os escombros.

O luxuoso edifício, reduzido a uma montanha de escombros, tornou-se um símbolo de construção de má qualidade em uma perigosa zona sísmica.

A prisão do construtor ocorreu depois que os serviços de inteligência alertaram sobre sua possível partida por um dos aeroportos de Istambul.

Desde os primeiros dias, houve advertências na imprensa de que medidas deveriam ser tomadas nas fronteiras para evitar a fuga de construtores de prédios desabados.

Os procuradores iniciaram investigações nas dez províncias afetadas pelos terremotos para averiguar a situação dos edifícios desmoronados.

O número de mortos pelos terremotos que atingiram dez províncias do sudeste da Turquia na segunda-feira, com magnitudes de 7,8 e 7,6 graus, chega a 19.388, sem contar as vítimas da Síria, país também fortemente afetado pelos sismos. Contando as mortes nos dois países, o número de óbitos já ultrapassa 23 mil.

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