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O presidente da Turquia, Abdullah Gul, disse ontem que seu país vai tomar as medidas "necessárias" contra a Síria por ter derrubado um avião militar turco, mas sugeriu que o jato pode ter inadvertidamente violado o espaço aéreo sírio.

A Síria admitiu na noite de ontem ter derrubado um caça-bombardeiro da Turquia que havia invadido seu espaço aéreo. O avião, um F-4 sem armamentos, caiu no Mediterrâneo, a cerca de 13 quilômetros da cidade síria de Latakia.

O episódio ampliou a tensão entre a Síria e a Turquia, que é membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Os dois países eram aliados antes do início do levante popular na Síria em março do ano passado, mas a Turquia acabou se tornando um dos maiores críticos da forma violenta como o regime do presidente Bashar Assad vem respondendo ao movimento oposicionista. Além disso, a Turquia tem oferecido refúgio a inúmeros rebeldes e desertores militares sírios.

Gul disse que a Turquia ainda tenta estabelecer as circunstâncias exatas do ocorrido, mas ressaltou que é comum que caças cruzando a altas velocidades violem o espaço aéreo de outros países por curtos períodos de tempo. "Esses incidentes são rotineiros", disse o presidente. "São incidentes sem segundas intenções e que acontecem por causa da velocidade (dos jatos)".

Gul não detalhou a ação que a Turquia pretende adotar. Recentemente, quando forças sírias mataram dois refugiados em território turco, o governo disse que pediria a intervenção de seus aliados da Otan se sentisse que a segurança do país estava sob perigo.

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