Subiu para quatro o total de mortos na explosão de uma bomba hoje na passagem de um ônibus que transportava militares e seus familiares em Istambul. O atentado, que deixou 12 feridos, foi atribuído pelas autoridades da Turquia a rebeldes curdos. Dois dos feridos estavam em estado grave, após a explosão por controle remoto, afirmou o governador Huseyin Avni Mutlu. Entre os mortos estava a filha de 17 anos de um oficial, informou a agência estatal de notícias Anatólia.
Os rebeldes curdos lutam por sua autonomia na região sudeste do país e realizam ataques esporádicos com bombas em Istambul. O mais recente deles havia ocorrido em 2007, quando morreram 17 pessoas. Neste mês, eles intensificaram seus ataques contra alvos turcos e ameaçaram levar à guerra cidades no oeste do país.
O atentado ocorreu um dia após as forças militares turcas começarem a maior mobilização de tropas e de soldados de elite ao longo da fronteira com o Iraque, ao sudeste do país, numa extensão de 331 quilômetros. A ação intensificou o conflito entre as forças militares da Turquia e os militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que até ontem já haviam assassinado 13 soldados turcos.
Segundo a emissora CNN-Turk, nenhum grupo reivindicou a autoria do atentado, mas a suspeita recai sobre rebeldes curdos, que geralmente não assumem seus ataques. Mais tarde, o grupo radical Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK) reivindicou a autoria da ação. De acordo com as autoridades turcas, o TAK é uma fachada usada pelo próprio PKK.
Militares turcos mataram sete insurgentes curdos em dois confrontos separados, ocorridos na noite de ontem, nas regiões norte e sudeste do país, segundo a agência Anatólia.
Após o atentado, o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan afirmou que seu país manterá a "luta contra o terrorismo". Ele culpou os militantes pelo sofrimento do povo curdo no sudeste do país. Com informações da Dow Jones.