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Guerra no Oriente Médio

Turquia restringe exportações a Israel, que promete resposta

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, vetou a exportação de itens de 54 categorias para Israel até que haja cessar-fogo em Gaza e seja permitida mais ajuda humanitária (Foto: EFE/EPA/NECATI SAVAS)

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O governo da Turquia informou nesta terça-feira (9) que vai restringir exportações para Israel até que haja um cessar-fogo na guerra entre os israelenses e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza.

Em comunicado, Ancara também exigiu aumento do envio de ajuda humanitária ao enclave palestino, após acusar o governo israelense de ter recusado permissão para que os turcos lançassem ajuda em Gaza por meio de aviões.

Segundo a nota, não serão mais enviados a Israel itens de 54 categorias, que incluem produtos de ferro e aço, combustível de aviação, equipamentos de construção, máquinas, cimento, granito, produtos químicos, pesticidas e tijolos.

“Israel continua a violar flagrantemente o direito internacional e a ignorar a comunidade internacional. Esta decisão permanecerá em vigor até que Israel declare imediatamente um cessar-fogo e permita um fluxo adequado e ininterrupto de ajuda humanitária para Gaza”, informou o governo da Turquia no comunicado.

Nos últimos meses, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, comparou a ofensiva israelense na Faixa de Gaza ao Holocausto e comparou o premiê Benjamin Netanyahu a Adolf Hitler.

Em resposta ao anúncio desta terça-feira, o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, afirmou numa declaração que Erdogan está “mais uma vez sacrificando os interesses econômicos do povo da Turquia devido ao seu apoio ao Hamas”.

O chanceler disse que sua pasta vai preparar uma “extensa lista” de produtos turcos a terem importação proibida por Israel e que também solicitaria aos Estados Unidos e a outros aliados para que “interrompam investimentos na Turquia e impeçam a importação de produtos da Turquia”.

Katz também afirmou que pedirá ao Congresso americano para “impor sanções adequadas” a Ancara. “Israel não se submeterá à violência e à chantagem e não ficará calado sobre a violação unilateral de acordos comerciais”, disse o ministro.

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