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Conflito

Turquia vai ajudar curdos contra o EI

Explosões na cidade síria de Kobane, disputada entre soldados curdos do exército peshmerga e o Estado Islâmico | Kai Pfaffenbach/Reuters
Explosões na cidade síria de Kobane, disputada entre soldados curdos do exército peshmerga e o Estado Islâmico (Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters)

O ministro de Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, afirmou ontem que o país permitirá a passagem de curdos vindos do Iraque para reforçar o combate ao Estado Islâmico (EI) na cidade síria de Kobane.

"O governo regional curdo do Iraque anunciou que está em cooperação com a Turquia e os EUA", disse Cavusoglu. "Na verdade, estamos auxiliando forças peshmerga a entrar em Ko­­bane para prestar socorro".

O anúncio foi feito em uma coletiva de imprensa após o Exército americano confirmar que entregou armas, munição e medicamentos aos combatentes curdos em Kobane na noite do último domingo.

O material foi lançado sobre a cidade a partir dos mesmos aviões utilizados nos bombardeios ao EI na Síria. A ação dos americanos ocorreu apesar de Ancara afirmar que é contrária à transferência de armas aos rebeldes curdos no país vizinho.

A Turquia considera os militantes uma extensão do grupo conhecido como PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), que liderou uma insurgência de 30 anos contra os turcos, com um saldo de 40 mil mortos — o conflito terminou no ano passado. O PKK é considerado um grupo terrorista pelos EUA.

A decisão de permitir o acesso de curdos do Iraque ao território, no entanto, pode sinalizar que a Turquia está adotando uma posição mais branda para ajudar os membros da etnia na Síria.

Nos últimos dias, os ataques da coalizão liderada pelos americanos se concentraram nos arredores de Kobane, cidade que os extremistas islâmicos tentam conquistar desde o mês passado. O conflito já levou cerca de 200 mil sírios a fugir para a Turquia pela fronteira.

UE intensifica sanções contra governo Assad

Estadão Conteúdo

A União Europeia (UE) decidiu intensificar as sanções contra o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, após uma reunião de ministros de Relações Exteriores do bloco, ocorrida ontem.

Os detalhes das sanções não foram informados, mas um funcionário da UE afirmou que 16 pessoas e duas entidades serão punidas. A maioria terá os bens congelados e as viagens restritas, por estarem envolvidas em repressões violentas da população civil, na visão da UE.

Duas pessoas e duas entidades serão sancionadas por "apoio prático ao regime sírio". Com a decisão, o número de pessoas sujeitas a sanções da UE contra o regime de Assad sobe para 211 e o número de entidades para 63.

As sanções terão efeito a partir de hoje, quando os nomes forem publicados na imprensa oficial americana.

Combustível

A UE decidiu também proibir a exportação de combustível de aviação para a Síria. Em um comunicado, os ministros de Relações Exteriores do bloco disseram que a decisão foi tomada porque o combustível está sendo "usado pela força aérea do regime de Assad, que realiza ataques aéreos indiscriminados contra civis".

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