A coalizão liderada pelos Estados Unidos conseguiu ontem avançar para fechar o cerco contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI), que controla regiões da Síria e do Iraque. Após meses de negociação, a Turquia aceitou que os americanos lancem ataques aéreos contra o EI de uma base próxima à fronteira com a Síria. Também ontem, o secretário de Defesa dos EUA, Ashton Carter, fez uma visita surpresa a Bagdá, onde reforçou o apoio à luta contra o EI no Iraque.
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Leia a matéria completaO governo do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, vinha sendo criticado por não demonstrar apoio na luta contra o EI. Nos últimos dias, milhares de turcos foram às ruas de várias cidades do país para pedir medidas contra o grupo terroristas, que assumiu a autoria de um atentado suicida que deixou 32 mortos na segunda-feira em uma cidade perto da fronteira com a Síria.
O acordo com os EUA foi tratado diretamente entre os presidentes Barack Obama e Erdogan e permite que os EUA utilizem a base aérea de Incirlik, no leste do país, das quais partirão aviões que atacarão posições do EI.
O uso da base de Incirlik é parte de um acordo maior entre os EUA e os turcos para aprofundar a cooperação na luta contra o EI, que se torna cada vez mais perigoso para a Turquia. Ontem, forças do EI na Síria e o Exército da Turquia entraram em batalha na fronteira. Ao menos um soldado turco morreu.
24 mil
estrangeiros se uniram ao grupo radical Estado Islâmico (EI) na Síria e Iraque, segundo estimativa do serviço secreto turcos publicada ontem pelo jornal turco “Hürriyet”. Entre eles há cerca de 800 turcos. No total, o EI tem entre 40 mil e 70 mil militantes nos dois países do Oriente Médio. De acordo com o relatório, Metade dos militantes vem da África do Norte e do Oriente Médio; 23% da América do Norte e Europa Ocidental; e outros 23% da Europa oriental e da Ásia.
Enquanto o EI enfrentava os turcos em sua frente oeste, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, se reunia com o primeiro-ministro do Iraque, Haider al Abadi, e com o ministro da Defesa, Khaled al Obeidi, durante uma visita surpresa a Bagdá. Eles analisaram o andamento do combate aos EI e a operação militar para libertar a cidade de Al Anbar, no oeste do país, controlada pelos radicais.
Ataques
Os EUA e seus aliados realizaram 18 ataques aéreos contra militantes do EI no Iraque e na Síria nas últimas 24 horas, informou a Força Tarefa Conjunta. Onze ataques ocorreram perto das cidades iraquianas de Habbaniyah, Haditha, Makhmur, Mosul, Ramadi, Sinjar e Tel Afar e atingiram unidades táticas, veículos, armas e bunkers do EI. Na Síria, quatro ataques perto de Kobani atingiram posições de combate. Alvos semelhantes foram atingidos em três ataques perto de Al Hasakah.