O Ministério da Defesa da China simulou como seria um ataque de suas forças armadas a Taiwan. O vídeo foi divulgado no canal da tevê estatal chinesa no YouTube e mostra movimentações de veículos terrestres, aéreos e marítimos, além de disparos de mísseis em direção à ilha.
A última sexta-feira (24) foi o segundo dia de exercícios das Forças Armadas chinesas nos arredores de Taiwan, que incluem “operações integradas dentro e fora do arquipélago e um teste de capacidade conjunta de tomada do poder conjunta”, segundo fontes militares. De acordo com a agência estatal de notícias Xinhua, os exercícios militares são uma “punição” a Taiwan, considerada pelos chineses como parte de seu território.
A ação militar da China ocorre na mesma semana em que tomou posse o presidente de Taiwan, William Lai (Lai Ching-te), considerado um “causador de problemas” por Pequim. No primeiro dia dos exercícios, Taiwan pediu calma a seus cidadãos, mobilizou suas Forças Armadas e garantiu que protegerá a democracia na ilha com “determinação”.
“Quero também apelar à China para que cesse a sua intimidação política e militar contra Taiwan, partilhe com Taiwan a responsabilidade global de manter a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan, bem como na região, e garanta que o mundo esteja livre do medo da guerra”, disse Lai Ching-te em seu discurso de posse.
Manobras militares chinesas próximas a Taiwan tiveram início em 2022
A China está recorrendo a essas manobras pela quarta vez desde 2022, quando realizou a primeira em resposta à visita da então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan, o que enfureceu Pequim e elevou as tensões entre os dois lados do estreito a níveis nunca vistos em décadas.
A ilha autônoma, cuja soberania é reivindicada por Pequim, é uma das principais fontes de atrito entre a China e os Estados Unidos - principal país fornecedor de armas a Taiwan e que pode intervir em caso de conflito.
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