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Aviões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) bombardearam os limites da cidade líbia de Kikla, controlada pelos rebeldes, a sudoeste da capital Trípoli, matando policiais e civis, informou a televisão estatal hoje.

"A entrada para Kikla foi atingida por um ataque dos agressores colonialistas, que entraram na área onde a polícia controla o tráfego e monitora motoristas", afirmou a TV estatal, informando que o ataque ocorreu ontem. "Todos os policiais e várias crianças, mulheres e homens foram mortos".

Não há como verificar de maneira independente a versão da imprensa estatal da Líbia. Várias cidades controladas pelos rebeldes na montanhosa região de Al-Jabal Al-Gharbi, a 80 quilômetros de Trípoli, foram atacadas diversas vezes por forças de Muamar Kadafi.

Segundo moradores da região, "vários" civis foram mortos e outros ficaram feridos por causa de disparos "indiscriminados" das forças de Kadafi em cidades da região, cujos habitantes são em sua maioria de origem berbere Amazigh.

Também hoje, o ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, disse que os aliados da Otan não estão jogando todo seu peso sobre a Líbia. Na opinião de Juppé, as forças da aliança devem fazer mais para destruir armas pesadas de Kadafi.

A União Africana (UA) pediu hoje que o Conselho Nacional de Transição dos rebeldes líbios "coopere completamente", após esse organismo rejeitar um plano de cessar-fogo apresentado pelo grupo. Kadafi aceitou a trégua, mas a liderança rebelde em Benghazi argumenta que a iniciativa ficou obsoleta e é preciso que Kadafi deixe o poder para haver qualquer solução política.

Hoje, o ex-ministro das Relações Exteriores líbio Moussa Koussa deixou o Reino Unido para viajar ao Catar. Lá, Koussa deve se reunir com autoridades locais e um grupo internacional para discutir a crise na Líbia. A informação foi divulgada pela chancelaria britânica. Koussa chegou ao Reino Unido inesperadamente em 30 de março, após desertar do seu posto de chanceler do regime de Kadafi.

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