A iraniana Sakineh Ashtiani, que havia sido condenada à morte por apedrejamento, não foi libertada, disse uma TV estatal iraniana nesta sexta-feira, contrariando relato de uma entidade europeia de direitos humanos.
A Press TV, emissora estatal que transmite em inglês, informou em seu site que "ao contrário da vasta publicidade da mídia ocidental de que a assassina confessa Sakineh Mohammadi Ashtiani foi solta", ela continua sob custódia.
A Press TV disse ter feito um filme, a ser exibido nesta sexta-feira, em que Ashtiani descreve a morte de seu marido. Aparentemente, esse filme parece ter sido a origem dos rumores, já que a divulgação do programa mostrava Ashtiani no jardim da sua casa, ao lado do filho.
O programa, em vez de exibir sua libertação, deve trazer uma reconstituição do suposto assassinato - crime pelo qual Ashtiani foi considerada cúmplice, e que pode levá-la a ser enforcada.
O canal disse que a Justiça autorizou que ela deixasse a prisão para ir até sua casa reconstituir o crime.
Originalmente, a mulher foi condenada à morte por apedrejamento, pela acusação de adultério. Depois da reação internacional, a pena foi comutada, e ela ainda pode ser enforcada por cumplicidade no assassinato.
O Brasil chegou a oferecer asilo a Ashtiani, mas o Irã rejeitou.