Após 12 dias do desaparecimento do ARA San Juan, um canal de TV argentino vazou na noite desta segunda-feira (27) o conteúdo da última comunicação do comandante do submarino antes de sumir. A mensagem, assinada pelo comandante do navio, Claudio Javier Villamilde, foi enviada na manhã de 15 de novembro ao Comando da Força de Submarinos, que a reenviou ao Comando de Isolamento e Adestramento por radiofrequência.
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"Entrada de água do mar pelo sistema de ventilação ao tanque de baterias número 3 ocasionou curto-circuito e princípio de incêndio no balcão de baterias. Baterias de proa fora de serviço no momento de imersão propulsando com circuito dividido. Sem novidades de pessoal. Manterei informado", diz a mensagem revelada pelo canal "A24".
O porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, explicou que em linguagem da força "princípio de incêndio" quer dizer incidente "sem chamas". E ressaltou que as baterias de popa da nave continuavam em funcionamento, garantindo a propulsão ("com circuito dividido").
Afirmou ainda que a entrada de água aconteceu pelo snorkel, durante procedimento de renovação do ar dentro do submarino.
Mas a revelação da última mensagem causou um alvoroço na imprensa do país, que avalia que talvez a Marinha tenha omitido informações importantes sobre o San Juan.
No início, por exemplo, a Marinha noticiou o caso apenas como uma "falha de comunicação" entre a nave e o comando, sendo que, aparentemente, já havia sido informada sobre o problema de entrada de água, curto-circuito e falha nas baterias.
A juíza federal Marta Yánez, responsável pelo caso do submarino, convocou o ministro da Defesa, Oscar Aguad, para prestar depoimento como testemunha. O depoimento deve ser prestado por escrito.
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