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Na noite de quinta-feira (15), o Twitter baniu as contas de alguns jornalistas americanos: Donie O’Sullivan, da CNN, Ryan Mac, do The New York Times, Drew Harwell, do The Washington Post, e outros profissionais que publicaram críticas sobre o proprietário da plataforma, o bilionário Elon Musk, nas últimas semanas.
Musk tuitou que “as mesmas regras de doxing se aplicam a ‘jornalistas’ e a todos os outros”, em uma aparente referência a uma conta do Twitter de rastreamento de voos agora banida no centro da controvérsia recente.
Ele também fez uma enquete perguntado quando “cancelar a suspensão de contas que compartilharam minha localização exata em tempo real”.
“Se alguém postasse localizações e endereços em tempo real de repórteres do NYT, o FBI estaria investigando,“Se alguém postasse localizações e endereços em tempo real de repórteres do NYT, haveria audiências no Capitólio e Biden faria discursos sobre o fim da democracia", tuitou Musk!”, escreveu.
Musk disse repetidamente que gostaria de permitir todo discurso legal na plataforma; em abril, no mesmo dia em que anunciou que compraria o Twitter, ele postou: “Espero que até meus piores críticos permaneçam no Twitter, porque é isso que significa liberdade de expressão”.
Um porta-voz da CNN disse que a empresa pediu uma explicação ao Twitter e que “reavaliaria nosso relacionamento com base nessa resposta”. “A suspensão impulsiva e injustificada de vários repórteres, incluindo Donie O’Sullivan, da CNN, é preocupante, mas não surpreendente. A crescente instabilidade e volatilidade do Twitter deve ser uma preocupação incrível para todos que usam o Twitter”, disse o porta-voz.
Um porta-voz do New York Times chamou as proibições em massa de “questionáveis e infelizes”, acrescentando: “Nem o The Times nem Ryan receberam qualquer explicação sobre por que isso ocorreu. Esperamos que todas as contas dos jornalistas sejam restabelecidas e que o Twitter forneça uma explicação satisfatória para essa ação”.