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O empresário Elon Musk garantiu nesta quarta-feira (2) que o Twitter “não permitirá” que nenhuma pessoa banida da plataforma por violar as regras volte à rede social até que a companhia que a administra estabeleça um processo claro para esses retornos, que durará “ao menos algumas semanas”.
O fundador da Tesla, que comprou recentemente o Twitter por US$ 44 bilhões, fez uma série de postagens na rede social para apontar novas diretrizes.
“O conselho de moderação de conteúdo do Twitter terá representantes com pontos de vista muito divergentes, que, sem dúvida, incluirão a comunidade de direitos civis e grupos que enfrentam a violência alimentada pelo ódio”, escreveu.
Musk disse que a plataforma “não pode se tornar um inferno de todos contra todos, onde possa ser possível dizer qualquer coisa, sem consequências”.
Antes de comprar a companhia, Musk afirmou que entre as pessoas a quem daria boas-vindas está o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, suspenso indefinidamente depois que a administração anterior do Twitter vinculou tweets do magnata ao ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.
Com o anúncio de Musk, Trump não deve voltar ao Twitter antes das eleições de meio de mandato (midterms) americanas, que serão realizadas na próxima terça-feira (8) e nas quais vários políticos apadrinhados pelo ex-presidente estão concorrendo.
Na semana passada, após a confirmação oficial da compra da plataforma por Musk, Trump disse na sua rede social Truth que se sentia “feliz porque o Twitter agora está em mãos [de pessoas] sãs”, mas não esclareceu se pretendia retornar à rede. Quando as primeiras notícias da negociação foram divulgadas, o ex-presidente americano disse que não tinha planos de voltar ao Twitter e que seu foco estava na Truth.
Nesta semana, duas grandes empresas publicitárias recomendaram aos clientes que suspendessem temporariamente a publicidade no Twitter, devido a preocupações sobre a capacidade da empresa de monitorar o conteúdo, segundo publicou o The Wall Street Journal.
Os anúncios representam quase 90% das receitas totais do Twitter. Musk já afirmou que a estratégia de mercado para a plataforma é que a rede social seja menos dependente da publicidade, aumentando a receita com assinaturas.