A Comissão Eleitoral Central da Ucrânia (CEC) rejeitou nesta quarta-feira (8) a candidatura da ex-primeira-ministra do país, Yulia Tymoshenko, como líder de chapa da oposição no pleito parlamentar de outubro.
A vice-presidente da CEC, Zhanna Usenko-Chornaya, explicou que nas solicitações de registro apresentadas por Tymoshenko e o também processado Yuri Lutsenko, ex-ministro do Interior, é mencionado que os dois têm "antecedentes penais politicamente motivados".
"Os membros da Comissão Eleitoral não têm direito de avaliar as decisões judiciais. Nestas condições, a CEC não tem no dia de hoje motivos para o registro", afirmou a funcionária, citada pelas agências de notícia locais.
A CEC justifica sua rejeição com o artigo 9 da lei sobre escolha de deputados populares, na qual se diz claramente que não podem se apresentar como candidatos os cidadãos que cometeram delitos e cujas penas não tenham expirado ou não tenham sido canceladas por via legal.
Tymoshenko, presa há mais de um ano e condenada em outubro de 2011 a sete anos de prisão por abuso de poder, tinha sido designada no último dia 30 de julho como líder da chapa do partido opositor que lidera, o Batkivschina (Pátria).
A oposição unificada ucraniana confiava no impulso eleitoral de Tymoshenko para derrotar o partido do atual presidente, Viktor Yanukovich.
O Batkivschina não demorou em reagir e emitiu uma declaração na qual se dirige à comunidade internacional para que interceda por Tymoshenko e Lutsenko perante o que qualificou de "medidas antidemocráticas das autoridades ucranianas".
"Não reconhecemos a decisão da CEC que acreditamos estar destinada a cumprir a encomenda pessoal de Viktor Yanukovich. Tymoshenko é e será nossoalíder (...) e conduzirá à oposição unificada à vitória nas eleições legislativas", completa a nota.
A carismática política ucraniana, cuja liberdade é defendida pelas chancelarias ocidentais, sofre de um grave problema nas costas e está se tratando em uma clínica da cidade de Kharkiv.
Tymoshenko, que acusa Yanukovich de orquestrar uma campanha de perseguição judicial da oposição, ainda tem que comparecer perante os tribunais por um segundo processo aberto contra si por suposto desvio de fundos públicos e evasão fiscal.
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