A Ucrânia adiou a cúpula regional com países da Europa central e do Leste Europeu, que aconteceria na sexta-feira (11) e no sábado(12) desta semanas. Vários chefes de Estado já tinham anunciado boicote ao evento por causa do tratamento que a opositora Yulia Tymoshenko, ex-premier ucraniana, está recebendo na prisão, onde faz greve de fome. Nesta terça-feira, ela se recusou a ser levada a um hospital, argumentando que precisa conversar melhor com seus advogados.
O Ministério de Relações Exteriores ucraniano afirmou que tomou a decisão de adiar o encontro porque alguns líderes não poderiam comparecer. Representantes da Áustria, República Tcheca, Itália e Eslovênia já tinham anunciado o boicote.
O país sofre grande pressão ocidental por ter prendido Tymoshenko (sob a alegação de que teria se beneficiado de seu poder para fechar negócios com a Rússia quando era premier, em 2009). A ex-premier entrou em greve de fome após mostrar machucados que teriam sido causados por guardas da prisão Kachanivska, onde está. Ela acusa o presidente Viktor Yanukovych de ordenar sua prisão para impedi-la de concorrer às eleições parlamentares deste ano, em outubro.
Vários líderes europeus também fazem campanha para boicotar a EuroCopa 2012 em junho, já que a Ucrânia sediará parte dos jogos.
O médico alemão Lutz Harms esteve na Carcóvia, onde Tymoshenko está presa, para inspecionar o hospital que foi oferecido à ela e para examiná-la. A ucraniana foi levada a esse hospital contra sua vontade no mês passado e retornou à prisão dois dias depois recusando-se a ser tratada por médicos contratados pelo governo, por temer por sua integridade.
Entretanto, depois ela aceitou ser tratada no mesmo hospital, sob a supervisão do médico alemão. Apesar de ter recusado as terapias nesta terça-feira, Tymoshenko deixou a possibilidade de ser medicada na quarta-feira, já que diz precisar de mais tempo para discutir sua situação com seus advogados. Harms afirmou a jornalistas que o tratamento médico dependerá dos efeitos causados pela greve de fome.
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