![Ucrânia adverte para ataques russos a usina de Zaporizhzhia Central nuclear de Zaporizhzhia, ao sul da Ucrânia, foi tomada pelos russos em março.](https://media.gazetadopovo.com.br/2022/08/08082223/b1ec07d87a7ce90afb0b057fbf5e11f6cdae9e99w-960x540.jpg)
A companhia de energia nuclear da Ucrânia Energoatom advertiu neste sábado sobre novos ataques russos à usina nuclear de Zaporizhzhia, enquanto avalia o risco de uma "pulverização radioativa" naquele complexo ocupado pelas tropas russas.
"Nas últimas 24 horas, tropas russas bombardearam o terreno da usina nuclear de Zaporizhzhia. Estamos avaliando os danos", informou a Energoatom, por meio de sua conta no Telegram, um dia após a ligação da usina com o sistema elétrico da Ucrânia ter sido restabelecida.
Anteriormente, as autoridades pró-russas daquela região ucraniana haviam denunciado, por sua vez, ataques ucranianos perto da usina atômica, a maior da Europa.
A Energoatom informou ontem o restabelecimento da conexão de um dos seus reatores à linha elétrica ucraniana, a que se seguiu hoje a reativação de um segundo reator.
Na última quinta-feira, a usina havia sido completamente desligada da rede, após a detecção de um incêndio e em meio a relatos de ataques de ambas as partes.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, convocou ontem a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) para chegar "o mais rápido possível" à usina para evitar novos riscos.
"A situação continua muito arriscada e perigosa. Qualquer repetição dos eventos de ontem, ou seja, qualquer desconexão da usina da rede, qualquer ação da Rússia que possa desencadear o desligamento dos reatores, colocará a usina novamente a um passo do desastre", disse.
Zelensky enfatizou que os cientistas nucleares de seu país conseguiram proteger a usina "do pior cenário, que é constantemente provocado pelas forças russas".
A missão pode chegar ao território ucraniano "nos próximos dias" depois que o diretor-geral da Aiea, Rafael Grossi, confirmou na quinta-feira um princípio de acordo com Kiev e Moscou, que se opõe, em vez disso, a que a presença da agência da ONU seja permanente.
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