O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, afirmou nesta quarta-feira (16) que a Rússia "exporta terrorismo" para a Ucrânia, em alusão ao papel de Moscou no leste da Ucrânia, onde forças pró-Rússia se sublevaram contra Kiev.
"Parece que na Rússia surgiu um novo produto de exportação que é o terrorismo", disse o chefe do Executivo durante uma sessão do governo.
Yatseniuk afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, "mudou de retórica. Antes, falava dos banheiros e agora apoia os terroristas".
O chanceler se referiu ironicamente às históricas declarações de Putin em 1999 sobre terrorismo, quando era primeiro-ministro e disse: "Perseguiremos os terroristas por todas as partes, se for em um aeroporto, que seja em um aeroporto. E se os encontrarmos no banheiro, os matamos no banheiro".
"Ao longo das últimas semanas, as autoridades russas se omitiram sobre que seus grupos de sabotagem junto a terroristas locais disparam com metralhadoras e matam militares e civis ucranianos", disse Yatseniuk.
E exclamou: "Onde está a condenação contra o terrorismo por parte das autoridades russas?".
O chefe do Gabinete disse que atualmente na Rússia há duas operações antiterroristas no Cáucaso, e, quando se trata de tais operações na Ucrânia, Moscou as chama de "repressão de protestos".
Yatseniuk informou que Kiev já prepara suas "reivindicações" para as negociações a quatro bandas de amanhã em Genebra, cuja agenda estará centrada na Ucrânia.
Insistiu que "o governo russo deve retirar seus grupos de sabotagem e condenar aos terroristas, se está interessado em estabilizar a situação".
"Nossos vizinhos russos decidiram construir um novo muro de Berlim e querem voltar aos tempos da Guerra Fria", disse o primeiro-ministro ucraniano.
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