O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou que as negociações de paz com a Rússia podem ser encerradas. O líder ucraniano também acusou o país vizinho de tentar desabitar a região do Donbass com ataques constantes da mesma forma que fez com a cidade de Mariupol.
"No Donbass, os ocupantes estão fazendo tudo o que podem para destruir qualquer vida nesta área. Os constantes bombardeios brutais, os constantes ataques russos a infraestruturas e áreas residenciais mostram que a Rússia quer desabitar esta área", afirmou Zelensky em vídeo publicado no Telegram, comparando a ação russa ao que os nazistas fizeram no Leste Europeu.
De acordo com o secretário-geral da ONU, António Guterres, há discussões intensas em andamento para retirar centenas de civis da siderúrgica de Mariupol. Há semanas, a fábrica está sob forte ataque da Rússia. Até o momento, a Ucrânia não conseguiu sucesso para a retirada desses civis. Por isso, Zelensky demonstrou pessimismo em relação às negociações com a Rússia.
EUA vai enviar apoio bilionário para manter resistência ucraniana
Zelensky agradeceu na sexta-feira (29) ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e ao Congresso americano pela promessa de envio de até US$ 33 bilhões a Kiev. O aporte servirá para que a Ucrânia continue resistindo ao ataque de Moscou. A quantia é superior à toda ajuda financeira enviada à Ucrânia desde o início da guerra, em 24 de fevereiro.
O presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou uma retaliação contra o Ocidente pela ajuda à Ucrânia. Já o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, acusou Kiev de mudar de opinião dentro das negociações. De acordo com o chanceler, Zelensky recebe ordens dos Estados Unidos e do Reino Unido. O chanceler russo ainda alertou sobre a ameaça de uma guerra nuclear.
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