O porta-voz do Ministério da Defesa da Ucrânia, Oleksandr Motuzyanyk, disse nesta quarta-feira (30) que houve uma "retirada parcial das unidades inimigas" nos arredores de Kiev, no dia seguinte à Rússia ter prometido reduzir a presença de suas tropas na capital ucraniana.
"No entanto, ainda não podemos falar de uma retirada em grande escala", esclareceu o porta-voz, destacando que "é muito cedo para saber quais são as intenções da Rússia".
Nas negociações que aconteceram nesta terça-feira em Istambul para um cessar-fogo, a Rússia prometeu reduzir significativamente suas atividades em Kiev e na cidade de Chernigov, embora tenham sido registrados ataques noturnos em ambos os lugares.
Motuzyanyk afirmou que essas unidades russas do centro do país estão se retirando para o leste, em direção às províncias de Donetsk e Lugansk, de acordo com as recentes declarações russas de que já haviam concluído a "primeira fase da operação".
Motuzyanyk apontou que são necessárias centenas de milhares de tropas para tomar uma cidade como Kiev, o que neste momento a Rússia não tem, e que "o inimigo" também falhou em sua tentativa de dominar a estratégica Odessa, onde apenas conseguiram lançar "ações de reconhecimento", com pequenos ataques a partir da costa para descobrir de onde a Ucrânia está respondendo.
Segundo o porta-voz, nas áreas ocupadas pela Rússia, principalmente em Donbass, suas tropas "continuam utilizando armas de alta precisão para destruir infraestruturas críticas em toda a Ucrânia", além de organizar o envio de reforços e manter a repressão contra civis em uma "tentativa de impor uma autoridade de ocupação sobre os territórios que controlam temporariamente".
Segundo dados do Ministério da Defesa ucraniano, durante esta guerra o Exército russo perdeu mais de 17,3 mil soldados, 605 tanques, 1.723 veículos blindados, 131 aviões e o mesmo número de helicópteros.
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