O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky| Foto: EFE/EPA/MAXYM MARUSENKO
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Pelo menos três pessoas morreram nesta quinta-feira (12) em um ataque da Rússia que atingiu um comboio da Cruz Vermelha na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, segundo denunciou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

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“Neste momento sabemos de dois feridos, que estão recebendo toda a ajuda necessária. Infelizmente, três pessoas foram mortas neste ataque russo. Nossas condolências a familiares e amigos”, escreveu Zelensky em suas redes sociais junto com uma foto que mostra um caminhão da Cruz Vermelha em chamas.

O presidente ucraniano referiu-se ao que aconteceu como “outro crime de guerra russo”.

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“É absolutamente claro: a Rússia traz o mal, a Ucrânia protege a vida. E se alguém quiser ouvir ‘ambos os lados’, isso na Rússia é simplesmente recebido como uma licença para continuar a matar”, acrescentou Zelensky.

O chefe de Estado ucraniano pediu ainda à comunidade internacional que reaja “com contundência e de forma clara” ao ataque desta quinta-feira.

Por outro lado, o Exército da Rússia recuperou nas últimas 48 horas dez cidades das mãos de Kiev na região fronteiriça de Kursk, escreveu o Ministério da Defesa russo.

O grupo militar Sever (Norte) lançou há dois dias um contra-ataque que lhe permitiu recuperar cidades como Snagost, Biajovo e Gordeevka, detalhou o comunicado militar russo.

As cidades de Apanasovka, Vishnevka, Viktorovka, Vpezapnoye, Krasnooktiabrskoye, Obukhovka e 10º Oktyabr também foram foram alvo das operações de Moscou.

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A recuperação de Snagost, convertida em um posto fortificado das Forças Armadas ucranianas em territórios de Kursk, permite ao Exército russo desbloquear uma grande unidade encurralada no distrito vizinho de Glushkovo, entre o rio Seim e a fronteira ucraniana, sendo Moscou.

Os primeiros a informar sobre a ofensiva russa em Kursk foram blogueiros militares deste país, que fazem propaganda para o regime de Vladimir Putin. Eles falaram da recuperação de pelo menos 150 quilômetros quadrados naquela frente nos últimos dias.

Posteriormente, o contra-ataque foi confirmado por vários meios de comunicação independentes e pelo americano Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), que analisa a operação iniciada em 6 de agosto no seu último relatório desta quinta-feira.

O projeto Deep State, próximo do Ministério da Defesa ucraniano, já havia informado anteriormente sobre a “deterioração da situação no flanco esquerdo do agrupamento ucraniano em Kursk” e uma intensificação dos ataques em Snagost.

O comando militar ucraniano afirmou no final de agosto que as forças daquele país controlavam uma centena de localidades de Kursk em um território de 1.300 quilômetros quadrados.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]