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Tu-22M3 derrubado pela Ucrânia havia sido usado pouco antes em um ataque contra as cidades de Dnipro (foto) e Kryvyi Rih, matando oito pessoas e ferindo outras 28
Tu-22M3 derrubado pela Ucrânia havia sido usado pouco antes em um ataque contra as cidades de Dnipro (foto) e Kryvyi Rih, matando oito pessoas e ferindo outras 28| Foto: EFE/EPA/ARTEM BAIDALA

A Ucrânia anunciou nesta sexta-feira (19) que, pela primeira vez desde a invasão da Rússia em fevereiro de 2022, conseguiu derrubar um bombardeiro russo de longo alcance usado para disparar mísseis de cruzeiro contra o território ucraniano.

“A Força Aérea Ucraniana abateu o bombardeiro estratégico inimigo Tu-22M3, que a Rússia usou para atacar cidades ucranianas. Além disso, nossos guerreiros repeliram outro ataque aéreo massivo e abateram 29 alvos aéreos: dois mísseis de cruzeiro Kh-101/Kh-555; 14 drones Shahed; 11 mísseis aéreos guiados Kh-59/Kh-69; e dois mísseis de cruzeiro Kh-22”, informou o Ministério da Defesa da Ucrânia em comunicado no X.

O porta-voz da Força Aérea ucraniana, Illya Yevlash, disse à agência France-Presse que o Tu-22M3 derrubado foi utilizado pelos russos para realizar mais cedo um ataque contra as cidades de Dnipro e Kryvyi Rih, na região central de Dnipropetrovsk.

Segundo a agência Reuters, ao menos oito pessoas foram mortas, incluindo duas crianças, e outras 28 ficaram feridas. “Nós nos vingamos pelas nossas cidades e pelos nossos civis”, afirmou Yevlash.

A Rússia não confirmou que o bombardeiro foi abatido pelos ucranianos e disse que a queda da aeronave, na região russa de Stavropol (sudoeste do país), ocorreu devido a um “problema técnico”. A agência de notícias estatal RIA Novosti informou que um membro da tripulação morreu, outros dois foram hospitalizados e um quarto estava sendo procurado.

O envio de mais sistemas de defesa aérea tem sido um pedido constante do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, aos aliados de Kiev.

Nesta sexta-feira, após uma reunião virtual do mandatário ucraniano com os ministros da Defesa da OTAN, o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, declarou que os países da organização enviarão mais sistemas de defesa aérea “num futuro próximo” à Ucrânia.

Neste sábado (20), a Câmara dos Estados Unidos deve votar um pacote de US$ 95 bilhões para fornecer mais ajuda militar à Ucrânia, Israel e à região do Indo-Pacífico (incluindo Taiwan).

O pacote prevê a destinação de mais US$ 60 bilhões em ajuda para a Ucrânia e US$ 26,4 bilhões para Israel.

Anteriormente, o Congresso americano já havia aprovado o envio de US$ 113,4 bilhões de ajuda à Ucrânia para a guerra contra a Rússia.

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