200 caminhões fazem parte do comboio russo que entrou na Ucrânia para entregar ajuda humanitária às populações do leste ucraniano, sobretudo à região de Donetsk, em que rebeldes separatistas brigam com as forças do governo.
A Ucrânia afirmou ontem que a artilharia do país destruiu parcialmente uma coluna de blindados russos que entrou em território ucraniano durante a noite, numa escalada do embate militar entre os dois vizinhos.
O governo russo negou que forças tenham entrado no território ucraniano e acusou Kiev de tentar sabotar a entrega de assistência humanitária para áreas do leste da Ucrânia afetadas pelos confrontos entre separatistas pró-Rússia e as tropas do governo de Kiev, apoiado pelo Ocidente.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) afirmou ter havido uma incursão russa na Ucrânia, embora evitando o termo invasão, e governos europeus acusaram o Kremlin de aprofundar o conflito.
A Organização das Nações Unidas (ONU) disse que não pode verificar os relatos da fronteira ucraniana, mas fez um apelo por uma redução imediata da tensão. Kiev e seus aliados ocidentais vêm acusando a Rússia reiteradamente de armar os separatistas pró-Moscou no leste ucraniano e de enviar unidades militares disfarçadas para a Ucrânia.
Não estava claro se a coluna de blindados era oficialmente parte das Forças Armadas russas em atividade, mas provas de veículos militares russos capturados ou destruídos em território ucraniano reforçariam as alegações de Kiev, e poderiam desencadear uma nova rodada de sanções contra o Kremlin.
O porta-voz dos militares ucranianos Andriy Lysenko disse a jornalistas que as forças de Kiev flagraram uma coluna militar russa aproveitando a escuridão para cruzar a fronteira. "Ações apropriadas foram adotadas e parte dela [da coluna de blindados] não existe mais", afirmou Lysenko.
O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, informou o primeiro-ministro britânico, David Cameron, sobre o incidente, e disse que uma parte "significativa" da coluna russa foi destruída, de acordo com um comunicado do gabinete de Poroshenko.
A Grã-Bretanha convocou o embaixador da Rússia para pedir esclarecimentos sobre os relatos de uma incursão militar na Ucrânia, e ministros das Relações Exteriores da União Europeia afirmaram que quaisquer ações militares unilaterais da Rússia na Ucrânia seriam uma violação flagrante das leis internacionais.
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