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O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, afirmou em uma postagem na rede social Twitter neste sábado (8) que ninguém no mundo precisa da Ucrânia, portanto, ela deve deixar de existir. A informação foi divulgada pela Tass, agência de notícias oficial do governo russo. Até o momento, o post segue publicado no perfil de Medvedev no Twitter.
A postagem, intitulada "Por que a Ucrânia desaparecerá? Porque ninguém precisa dela", é dividida em seis partes, nas quais Medvedev explica por que o estado ucraniano não é necessário para a Europa, Estados Unidos, África, América Latina, Ásia, Rússia e, finalmente, para os próprios ucranianos.
Ao falar sobre a Europa, Medvedev opinou que a tentativa de colocar "jovens parasitas sugadores de sangue ucranianos no pescoço da decadente UE" será a queda final da "anteriormente real, mas agora empobrecida devido à degeneração, Europa".
Segundo o oficial, o "apoio forçado do regime nazista sob o comando do mentor americano já criou verdadeiro inferno financeiro e político para os europeus", e suas consequências, incluindo "sanções russas pouco rentáveis", já levaram a explosões de descontentamento tanto na Europa Ocidental quanto na Oriental. Enquanto isso, para o oficial russo, até os poloneses "não tratam a Ucrânia como um país normal".
Medvedev também afirma na postagem que os Estados Unidos não precisam da Ucrânia. Para ele, as campanhas militares e de sanções são usadas para a imagem pública de "políticos tagarelas" que já demonstraram sua "impotência e imbecilidade". Para ele, os americanos comuns não sabem sequer o que é a Ucrânia e onde está localizada.
Medvedev também diz que os "centenas de bilhões (de dólares) que os EUA gastam lutando sem sentido na Ucrânia teriam sido suficientes para financiar programas voltados para o desenvolvimento social de estados latino-americanos e africanos".
Ao justificar por que a Ucrânia deve deixar de existir, o vice-presidente do conselho russo também disse que o país não é "necessário para a Ásia", afirmando que os países asiáticos já têm problemas suficientes com a reconstrução da economia pós-pandemia e se recusam a apoiar a Ucrânia e isolar a Rússia.
Medvedev também chamou o estado ucraniano atual de "conceito errôneo, criado pela dissolução da União Soviética". "Milhões de nossos compatriotas que foram perseguidos pelo regime nazista de Kiev por anos vivem aqui. São eles que protegemos com a operação militar especial, eliminando impiedosamente o inimigo", escreveu o oficial. "E é por isso que esta sub-Ucrânia não é necessária para nós. Precisamos de uma Grande Rússia", disse o político.
Quanto aos próprios ucranianos, Medvedev avaliou que há apenas um pouco mais de 20 milhões deles ainda no país, dos 45 milhões de habitantes, e os ucranianos restantes "são forçados a viver em constante ansiedade e medo" e "estão dispostos a ir a qualquer lugar". "Esse tipo de Ucrânia não é necessária para ninguém no planeta. E é por isso que deixará de existir", conclui o post.