A Direção Principal de Inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia divulgou nesta terça-feira (13) um informe que aponta que autoridades de ocupação russas na península da Crimeia e no sul ucraniano estão promovendo uma saída emergencial de suas famílias para a Rússia.
Segundo o comunicado, essa realocação seria resultado das “ações bem-sucedidas dos defensores da Ucrânia” na região. A Crimeia foi anexada pela Rússia em 2014, num processo que não é reconhecido pela maior parte da comunidade internacional. Outras áreas do sul ucraniano, como Kherson e Zaporizhzhia, foram invadidas a partir do início da guerra deflagrada por Moscou em fevereiro deste ano.
Na Crimeia, ataques recentes indicaram uma expansão da capacidade ucraniana de causar danos aos invasores. Já nas demais regiões sulistas, as tropas ucranianas vêm realizando uma contraofensiva, assim como em Kharkiv, no leste, onde a Ucrânia também está conseguindo recuperar território.
Segundo o informe da inteligência ucraniana, “representantes da administração de ocupação da Crimeia, funcionários do FSB [um dos serviços de inteligência russos] e comandantes de algumas unidades militares estão tentando secretamente vender suas casas e retirar com urgência seus parentes da península”.
O comunicado acrescentou que, ao mesmo tempo, os russos “proibiram a celebração de acordos de compra e venda de moradias [entre a população local], estabeleceram restrições à circulação pela ponte da Crimeia e estão tentando de todas as maneiras impedir o acesso a informações sobre as ações contraofensivas dos defensores da Ucrânia”.
A inteligência militar ucraniana encerrou o informe com um aviso de “que todos os criminosos de guerra serão expostos e processados por crimes contra a população civil da Ucrânia”.
A agência estatal Ukrinform informou que até segunda-feira (12) as forças ucranianas haviam conseguido avançar 12 quilômetros em território controlado pela Rússia no sul da Ucrânia e libertar 13 assentamentos.
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