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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky| Foto: EFE/EPA/TIM IRELAND

A Ucrânia continuará a fornecer grãos para outros países, apesar da retirada da Rússia do Acordo de Grãos, segundo informações do Departamento de Comunicações Estratégicas das Forças Armadas ucranianas, neste sábado (22).

O departamento disse que há um ano foi assinado em Istambul um acordo sobre a segurança do "Corredor dos Cereais", que desbloqueou a exportação de alimentos e cereais de três portos do Mar Negro. Mas que após um ano, a Rússia anunciou sua retirada no acordo.

"No entanto, o Estado ucraniano tem seu próprio plano. Depois de obter o consentimento político dos países parceiros, principalmente a Turquia, e a confiança das seguradoras, a Ucrânia está pronta para pavimentar seu caminho econômico. Continuaremos ajudando outros países ao redor do mundo, porque somente com luta conjunta e apoio mútuo alcançaremos a vitória", afirmou o departamento.

Em nota, o departamento relembrou que, antes da invasão russa, a Ucrânia era o quinto maior exportador de grãos do mundo. "As ações terroristas da Rússia e o bloqueio dos portos ucranianos causaram uma alta global nos preços dos grãos”, destacou.

Segundo o departamento, a Rússia utiliza o bloqueio das exportações marítimas como uma forma de pressão sobre a Ucrânia e o Ocidente. Contudo, com o acordo, essas maneiras de pressão foram reduzidas.

Um Centro Conjunto de Coordenação foi estabelecido em Istambul para supervisão e coordenação geral. "Ao longo do ano, a iniciativa permitiu o embarque de mais de 33 milhões de toneladas de grãos, salvando muitos países da fome (...) ao mesmo tempo, o acordo trouxe mais de US$ 20 bilhões para o orçamento da Ucrânia, o que fortaleceu notavelmente a economia ucraniana", em nota.

O comunicado destacou que o acordo foi assinado por quatro partes: ONU, Ucrânia, Rússia e Turquia. Recentemente, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky disse que há dois acordos. Um entre Ucrânia, Turquia e ONU e outro entre Rússia, Turquia e ONU. Mas que o primeiro ainda está em vigor e que Kiev está disposta a manter o corredor de grãos em funcionamento.

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