Ucrânia e Rússia, esta apoiada pelos separatistas do leste ucraniano, trocaram acusações nesta sexta-feira (29) a respeito de ataques com mísseis contra uma prisão na autoproclamada República Popular de Donetsk que causaram a morte de pelo menos 40 prisioneiros ucranianos.
O governo ucraniano rebateu alegações dos separatistas pró-Rússia por meio do comando das Forças de Mísseis e Artilharia do Exército ucraniano, que negou em um comunicado ter feito ataques na região de Olenivka e alegou que, “graças às armas de alta precisão recebidas de países parceiros, realiza ataques extremamente precisos apenas contra alvos militares russos”.
“As Forças Armadas da Ucrânia aderem plenamente aos princípios e cumprem as normas do direito humanitário internacional, nunca realizaram e não estão realizando o bombardeio de infraestrutura civil, especialmente os locais onde os prisioneiros de guerra são suscetíveis de serem mantidos”, diz a nota.
A Procuradoria-Geral da Ucrânia abriu investigações preliminares sobre os ataques, que também feriram cerca de 130 pessoas, de acordo com a agência de notícias Ukrinform.
Dmytro Kuleba, ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, acusou a Rússia pelo ataque. “A Rússia cometeu outro crime de guerra petrificante ao bombardear uma instalação correcional na Olenivka ocupada, onde mantinha prisioneiros de guerra ucranianos. Apelo a todos os parceiros para que condenem veementemente esta brutal violação do direito internacional humanitário e reconheçam a Rússia como um Estado terrorista”, escreveu no Twitter.
Já os separatistas pró-Rússia acusaram as forças de Kyiv nesta sexta-feira de terem atacado com mísseis a prisão em Donetsk onde estavam prisioneiros ucranianos. “À noite eles fizeram disparos contra a prisão de Olenivka, supostamente com (mísseis) Himars”, disse Daniil Bezsonov, o vice-ministro de Informação dos separatistas.
Segundo a agência de notícias estatal Sputnik, o Ministério da Defesa da Rússia também atribuiu o ataque às forças ucranianas.
Os militares ucranianos acusaram a Rússia de continuar “seus métodos de propaganda de conduzir uma guerra de informação para acusar as Forças Armadas da Ucrânia de bombardear a infraestrutura civil e a população, ocultando assim suas próprias ações insidiosas”.
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