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Casa destruída em Kiev, capital ucraniana, após ataque russo com drones na semana passada
Casa destruída em Kiev, capital ucraniana, após ataque russo com drones na semana passada| Foto: EFE/EPA/SERGEY DOLZHENKO

Um ataque na região russa de Belgorod, na fronteira com a Ucrânia, deixou ao menos oito pessoas feridas nesta segunda-feira (22) e propiciou uma guerra de narrativas entre Kiev e Moscou sobre quem seria responsável pela agressão.

O governador de Belgorod, Vyacheslav Gladkov, disse à agência russa Tass que o ataque teria sido realizado por um grupo de sabotagem ucraniano que “se infiltrou no distrito de Grayvoron”.

Gladkov relatou que, entre os feridos na vila de Glotovo, uma mulher foi levada a um hospital em estado grave. Mais tarde, ainda segundo a Tass, o Kremlin reforçou a informação de que o ataque seria de autoria de um grupo de sabotagem ucraniano, que estaria sendo expulso do território russo pelas forças do país.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o objetivo do suposto grupo ucraniano seria “desviar a atenção da área de Bakhmut e reduzir ao mínimo o efeito político da perda de Artyomovsk [como os russos chamam a cidade] pelo lado ucraniano”.

O Ministério da Defesa russo informou no fim de semana que assumiu o controle da cidade localizada no leste ucraniano, mas Kiev nega.

Sites da Ucrânia informaram nesta segunda-feira que grupos armados formados por cidadãos russos anti-Putin teriam realizado o ataque em Belgorod.

Mykhailo Podolyak, assessor do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reiterou essa versão com uma publicação no Twitter, na qual alegou que ninguém da Ucrânia teve participação no ataque.

“A única força política atuante em um rígido país totalitário é sempre um movimento de guerrilha armada. A Ucrânia está acompanhando os eventos na região de Belgorod, na Rússia, com interesse e analisando a situação, mas não tem nada a ver com isso. Como vocês sabem, tanques são vendidos em qualquer loja militar russa e os grupos guerrilheiros clandestinos são compostos por cidadãos russos”, argumentou Podolyak.

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