Forças ucranianas usaram aviões e artilharia contra separatistas pró-Rússia no leste do país nesta terça-feira (1º), na medida em que os confrontos se intensificaram depois de o presidente Petro Poroshenko ter declarado o fim do cessar-fogo unilateral de 10 dias, que não foi capaz de interromper a violência.
"A fase ativa da operação antiterrorista foi retomada nesta manhã", declarou o presidente do Parlamento, Oleksandr Turchynov ao legislativo em Kiev nesta terça-feira. "Nossas Forças Armadas estão atacando as bases e áreas de reunião de combatentes terroristas."
A decisão de usar o Exército representa uma aposta do presidente Petro Poroshenko de que a Rússia não enviará suas tropas para o confronto, embora soldados russos estejam reunidos há meses do outro lado da fronteira.
Foram relatados confrontos em várias áreas de toda a região, dentre elas postos ao longo da fronteira da Rússia que forças ucranianas haviam perdido para os separatistas nas últimas semanas, assim como nas proximidades do aeroporto de Donetsk, a maior cidade da região. Separatistas também confirmaram a ocorrência de combates.
Quatro civis foram mortos e cinco ficaram feridos na cidade de Kramatorsk, perto do reduto rebelde de Slovyansk, quando um ônibus foi atingido por disparos na manhã desta terça-feira, informaram autoridades do governo regional de Donetsk, segundo informações da agência de notícias Interfax. Não estava claro que lado fez os disparos.
Um porta-voz militar disse que um soldado foi morto e que 17 ficaram feridos nas últimas 24 horas na região, informou a Interfax. Os confrontos durante a noite também derrubaram a torre de televisão perto de Slovyansk, disseram autoridades.
Poroshenko havia declarado um cessar-fogo unilateral dez dias atrás, pedindo aos separatistas que baixassem suas armas. Os rebeldes recusaram e confrontos esporádicos continuaram a acontecer, embora líderes separatistas tenham afirmado que adeririam à trégua.
As negociações também deram poucos resultados, assim como as várias conferências telefônicas entre Poroshenko, o presidente russo Vladimir Putin e os líderes da Alemanha e da França.
Autoridades oficiais disseram que a Rússia não fez o suficiente para conter os separatistas e apoiar o plano de paz. Mas a União Europeia (UE) adiou a decisão de adotar novas sanções durante reunião nesta terça-feira, segundo várias fontes ligadas às discussões. O bloco decidiu monitorar de perto a situação em solo nos próximos dias.
As autoridades disseram que graduados diplomatas da UE concluíram que não está claro o cumprimento pela Rússia das condições estabelecidas pelos líderes do bloco na sexta-feira. Os chefes de governo haviam dado o prazo até segunda-feira para que a Rússia cumprisse quatro condições, dentre elas a tomada imediata de medidas para policiar melhor a fronteira com o objetivo de conter o fluxo de armas e combatentes para a Ucrânia. Fonte: Dow Jones Newswires.
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