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Crise no leste europeu

Ucrânia recebe US$ 1,5 bilhão em armas enquanto Macron pede resposta “coletiva” a Putin

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da França. Emmanuel Macron, em encontro virtual em 2020 (Foto: EFE)

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A Ucrânia recebeu US$ 1,5 bilhão em armas e equipamentos militares nos últimos meses para fortalecer seu Exército em meio às tensões na fronteira com a Rússia, disse nesta segunda-feira o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmitro Kuleba.

"Continuamos a construir uma coalizão internacional em apoio à Ucrânia. Graças a este trabalho, a Ucrânia hoje recebe mais apoio político, econômico e de segurança", disse o ministro em entrevista coletiva.

Kuleba afirmou que planeja discutir a questão do fornecimento de armas hoje com a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, e na terça-feira com o presidente da França, Emmanuel Macron.

Ele disse que falaria com Baerbock sobre a oposição da Alemanha em aceitar que países de fora da Otan ou organizações com armas alemãs enviem esses equipamentos à Ucrânia.

Autoridades ucranianas advertiram que essa recusa poderia prejudicar as relações bilaterais com a Alemanha, que vê tal postura como contraproducente do ponto de vista da tensão militar na fronteira com a Rússia.

Berlim alega que as armas não podem resolver um conflito, embora tenha manifestado sua disponibilidade em bloquear o gasoduto Nord Stream 2, da Rússia, em caso de agressão por parte desse país.

Os Estados Unidos e o Reino Unido foram os mais ativos no envio de armamentos ao Exército ucraniano, assim como Canadá, Polônia e os países bálticos, que receberam aval de Washington.

O Ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, disse que Berlim havia prometido 5.000 capacetes, além de hospitais de campanha, mas bloqueou o envio, por parte da Estônia, de armas dos tempos da Alemanha Oriental.

"Resposta útil e coletiva"

Nesta segunda-feira, o presidente da França, Emmanuel Macron, fez um apelo para que o presidente da Rússia, Vladimir Putin encontre uma resposta coletiva para evitar uma guerra na Europa, em meio à tensão na fronteira da antiga república soviética com a Ucrânia.

Logo no início da reunião entre os dois chefes de governo, realizada no Kremlin, Macron expressou confiança em "encontrar uma resposta útil e coletiva para a Rússia e para toda a Europa, que permita evitar uma guerra e forjar uma estabilidade e confiança para todos".

"Considero que a conversa de hoje pode indicar o caminho que devemos tomar, o da desescalada", indicou o presidente francês.

Macron disse ser consciente do panorama "político-militar" na Europa e apelou para a responsabilidade de todos os envolvidos com a atual crise.

"A crítica situação na Europa, atualmente, nos inquieta. Por isso, é necessário que todos nos comportemos com responsabilidade", apontou o chefe de governo.

Putin, por sua vez, destacou os esforços do governo da França para a resolução da crise na Ucrânia e para alcançar um acordo de segurança para a região.

Os dois presidentes concederam entrevista coletiva ao término do diálogo que mantiveram. Após deixar Moscou, Macron parte para Kiev, onde se encontrará com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

Pela manhã, o Kremlin havia admitido que a situação era complexa demais para esperar "grandes avanços" na reunião de hoje entre Putin e o presidente da França.

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