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Energia nuclear

Ucrânia relembra os 25 anos do desastre em Chernobyl

As ex-repúblicas soviéticas se preparam para marcar os 25 anos da explosão na usina de Chernobyl, na Ucrânia, o pior acidente nuclear da história. A explosão pôs em risco centenas de milhares de pessoas, além de contaminar terras agrícolas e bosques.

O presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, e o patriarca ortodoxo russo Kirill recordarão as vítimas, com orações e velas acesas, durante um ato marcado para esta noite, em Kiev, antes da viagem que eles farão a Chernobyl, amanhã. A explosão, ocorrida em 26 de abril de 1986, lançou uma nuvem radioativa que depois se precipitou por boa parte da Europa, forçando centenas de milhares de pessoas a abandonar suas casas na zonas mais afetadas na Ucrânia, na Bielo-Rússia e no oeste da Rússia.

O chefe do departamento do governo soviético encarregado de Chernobyl no período 1985-1990, Vasily Voznyak, disse hoje em entrevista coletiva que as autoridades não tinham todo o preparo quando houve o acidente. "Nem a defesa civil, nem a gerência da usina nuclear, nem os órgãos do partido soviético na região estavam prontos para enfrentar um acidente de uma escala global tão grande", lembrou Voznyak, falando em Moscou.

Os cientistas divergem sobre o número de vítimas da explosão, que liberou 400 vezes mais radiação que a bomba atômica lançada pelos Estados Unidos sobre Hiroshima, no Japão, durante a Segunda Guerra Mundial. As autoridades soviéticas não informaram sobre o desastre durante vários dias. Inclusive no povoado de Pripyat, onde viviam trabalhadores da central nuclear, poucos sabiam o que havia ocorrido quando explodiu o reator número 4 da usina.

Uma zona de 30 quilômetros em torno da usina ficou desabitada, salvo por trabalhadores que ocasionalmente iam à usina e centenas de pessoas que retornaram a suas casas, apesar das advertências oficiais para que não o fizessem. As informações são da Associated Press.

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