Ataque russo a Kharkiv, na Ucrânia| Foto: EFE/EPA/GEORGE IVANCHENKO
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Pela primeira vez desde o início da guerra, o presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, autorizou a Ucrânia a utilizar mísseis americanos de longo alcance para ataques dentro do território da Rússia. A decisão do país, principal aliado ucraniano no conflito, é uma grande mudança na abordagem americana diante da guerra contra o ditador Vladimir Putin.

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A informação foi divulgada pelo jornal The New York Times. Ainda segundo o veículo, a medida dividiu os conselheiros da gestão Biden, a poucos meses do fim do mandato do presidente americano, que será substituído por Donald Trump no próximo dia 20 de janeiro. A deliberação de utilizar o sistema de mísseis táticos do exército dos EUA pode ser uma resposta ao Kremlin, que tem contado com apoio de tropas norte-coreanas no conflito no leste europeu.

De acordo com o Times, a ideia do governo Biden é de que o sistema de foguetes auxilie o exército ucraniano na defesa de Kharkiv, segunda maior cidade do país, que tem enfrentado duros ataques russos desde o início do conflito. Os mísseis possuem alcance de 80 quilômetros. Outro sistema mais eficaz, com alcance de mais de 300 quilômetros, não foi autorizado por Biden.

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Fontes internas da presidência admitem que a medida não deva alterar o rumo da guerra, mas esperam que a medida “mande um recado” ao ditador norte-coreano, Kim Jong Un, de que suas forças são vulneráveis e de que o auxílio aos russos não deve ser ampliado.

Por outro lado, alguns oficiais do exército americano temem que o uso de mísseis por parte da Ucrânia acarrete em uma retaliação mais violenta de Putin contra os EUA e outros membros da OTAN.

Horas após a imprensa americana anunciar a decisão de Biden, o presidente da Ucrânia,
Volodymyr Zelensky afirmou que "os mísseis falarão por si" neste momento do conflito. "O plano para fortalecer a Ucrânia é o 'Plano da Vitória' que estou apresentando a nossos parceiros. Um dos pontos-chave são mísseis de longo alcance para nosso exército", afirmou Zelensky em vídeo divulgado ao povo ucraniano.