O primeiro-ministro ucraniano, Arseny Yatseniuk, disse ao Parlamento em Kiev que Moscou bloqueou as tentativas de se chegar a um acordo| Foto: REUTERS/Valentyn Ogirenko

A Ucrânia declarou nesta terça-feira (17) que está considerando uma explosão em um gasoduto que leva gás da Rússia para o resto da Europa como um possível "ato de terrorismo" com o objetivo de desacreditar a Ucrânia como fornecedora.

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A detonação ocorreu depois que a Rússia cortou o suprimento de Kiev por uma desavença sobre preços, mas manteve o abastecimento à União Europeia. O incidente não provocou mortes nem interrompeu o fluxo de gás, porém aumentou a tensão enquanto Kiev tenta pôr fim à revolta de separatistas pró-Rússia no leste do país.

O Ministério do Interior divulgou um comunicado no qual descreve a explosão, que criou uma coluna de fumaça negra no céu do centro da Ucrânia, como "a mais recente tentativa russa de desacreditar a Ucrânia como parceira no setor de gás".

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"Várias teorias sobre o que aconteceu estão sendo cogitadas, incluindo a principal – um ato de terrorismo", declarou o ministro do Interior, Arsen Avakov, em um comunicado publicado no site da pasta.

"De acordo com moradores do local, eles ouviram duas pancadas altas pouco antes da explosão, o que pode indicar que foram explosões deliberadas", disse o ministro sobre o incidente na região ucraniana de Poltava.

O Ministério da Energia também insinuou que pode ter havido má intenção, dizendo que "não foi a primeira tentativa de ataque terrorista contra o sistema de transporte de gás ucraniano".

Não houve comentário imediato de Moscou ou dos rebeldes do leste da Ucrânia, muitos dos quais torcem para que a Rússia anexe a região, como fez em março com a Crimeia.

Mais cedo nesta terça-feira, o primeiro-ministro ucraniano, Arseny Yatseniuk, disse ao Parlamento em Kiev que Moscou bloqueou as tentativas de se chegar a um acordo na longa discórdia sobre o preço que a Ucrânia deveria pagar pelo gás natural russo e as dívidas de Kiev.

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"É parte de um plano que contempla uma série de medidas que almejam destruir a independência e a soberania ucranianas", disse ele.

"Eles ainda não conseguem entender que a Ucrânia é um Estado independente, e não é assunto da Rússia definir para onde devemos ir. E vamos na direção da União Europeia", afirmou.