O governo ucraniano suspendeu a trégua decretada ao redor da área de queda do avião da Malaysia Airlines, uma zona sob controle de separatistas pró-russos no leste do país, após a suspensão das investigações dos especialistas internacionais.

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"O regime de trégua na área de queda deixará de estar em vigor enquanto as investigações não forem retomadas", afirma um comunicado do governo nesta quinta-feira (7).

Pelo menos um civil morreu nesta quinta-feira em um ataque com fogo de artilharia contra o centro de Donetsk, no leste da Ucrânia, informaram as autoridades municipais.

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Donetsk, assim como Lugansk, é um dos principais redutos dos rebeldes no leste. A cidade tinha um milhão de habitantes antes do início do conflito entre as forças de Kiev e os separatistas pró-Rússia.

Vários projéteis caíram na seção de odontologia do Hospital Central de Donetsk, em um ataque "no qual morreu uma pessoa e outras duas ficaram feridas", segundo um comunicado da assembleia municipal da cidade.

Mísseis também caíram em pelo menos três grandes prédios de apartamentos, um supermercado e um estacionamento de transporte público - podendo haver mais vítimas.

Outros três civis morreram sob fogo de artilharia durante esta madrugada nos bairros periféricos de Petrovski e Budionnovski, enquanto oito casas particulares, uma garagem e vários terraços ficaram totalmente destruídos.

No último dia 21, o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, havia declarado um cessar-fogo em um raio de 40 quilômetros ao redor do local da queda do avião.

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Avião

A Ucrânia intensificou a ofensiva contra os separatistas desde a queda do avião da Malaysia Airlines no leste do país, provavelmente derrubado por um míssil lançado a partir de território rebelde.

Na segunda (4), as autoridades da Ucrânia haviam pedido que a população civil do leste do país abandone todas as cidades e povoados controlados pelos separatistas.

A Holanda, que perdeu 196 de seus cidadãos entre os 298 passageiros e tripulantes que morreram na queda do voo MH17 no último dia 17, informou nesta quarta-feira (6) que suspendeu a missão no local da queda por causa dos combates na região.

O primeiro-ministro Mark Rutte disse a jornalistas em Haia que o risco para a equipe de 70 especialistas australianos, holandeses e malasianos era muito grande para continuar o trabalho na área.

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