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Tensão

Ucrânia tem pequenos combates, mas não há sinal de piora em conflito

Soldados ucranianos aguardam em um posto de controle perto da cidade ucraniana oriental de Debalcevo | EFE/EPA/ROMAN PILIPEY
Soldados ucranianos aguardam em um posto de controle perto da cidade ucraniana oriental de Debalcevo (Foto: EFE/EPA/ROMAN PILIPEY)

As batalhas entre forças ucranianas e separatistas pró-Rússia foram diminutas neste sábado e não há sinais de que o conflito tenha aumentado, depois de Kiev ter dito que destruiu parcialmente um comboio armado que cruzou a fronteira vindo da Rússia.

A informação da ocorrência do ataque na sexta-feira causou agitação no câmbio e nas bolsas europeias, com os mercados temendo de que o ataque pudesse mudar o conflito, transformando-o em uma guerra aberta entre Moscou e Kiev, que é apoiada pelo Ocidente.

Mas Moscou não deu sinais de retaliação, dizendo ser uma "fantasia" relatar que seus veículos tinham cruzado a fronteira. Em Washington, a Casa Branca disse que não podia confirmar se os veículos russos foram atacados.

Em solo, os conflitos voltaram neste sábado ao padrão que vêm seguindo nas últimas semanas. Kiev afirmou que equipamentos militares estão entrando na Ucrânia a partir da Rússia, e rebeldes disseram ter atacado tropas ucranianas.

Um repórter da Reuters em Donetsk, um dos dois redutos rebeldes no leste do país, afirmou que o som de explosões era audível no centro da cidade. O presidente finlandês, Sauli Niinisto, chegará neste sábado a Kiev para conversas com o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, com o objetivo de encontrar uma solução negociada para o conflito.

Niinisto se encontrou com Putin no sul da Rússia na sexta-feira e, depois, falou sobre a possibilidade de uma trégua, embora não tenha ficado claro como isso seria possível.

Guerra Verbal

O conflito na Ucrânia fez as relações entre Rússia e o Ocidente atingirem o pior patamar desde a Guerra Fria, e causou uma série de restrições comerciais que estão prejudicando as economias russa e da Europa.

A Organização das Nações Unidas (ONU) disse nesta semana que cerca de 2.086 pessoas morreram no conflito, e quase 5.000 ficaram feridas.

Um site de notícias dos rebeldes afirmou neste sábado que osseparatistas mataram 30 membros de um batalhão do governo ucraniano na província de Luhansk, uma região controlada pelos rebeldes e adjacente à Fronteira com a Rússia.

Rebeldes também afirmaram que dois vilarejos ao sul de Donetsk, outro reduto do grupo, foram bombardeados durante a noite com disparos de morteiros. O site rebelde Novorossiya também informou que dois bairros da própria cidade foram atingidos.

Andriy Lysenko, um porta-voz do Ministério da Defesa ucraniano, contradisse as afirmações dos rebeldes. Ele afirmou que três ucranianos foram mortos nas últimas 24 horas, e negou que Kiev tenha bombardeado Donetsk.

Nas últimas horas, forças ucranianas avistaram aviões não tripulados e um helicóptero russo cruzando ilegalmente o espaço aéreo ucraniano, disse Lysenko.

Ele não quis mais dar detalhes sobre os incidentes de sexta-feira, quando Kiev afirmou ter atacado o comboio de blindados. A Ucrânia não discriminou se os veículos estariam ocupados por soldados russos ou separatistas.

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