Desistência
Vitali Klitschko, o boxeador ucraniano que se tornou líder da oposição no país, anunciou ontem que decidiu não concorrer à presidência da Ucrânia nas eleições marcadas para maio, ao contrário do que havia afirmado no fim de fevereiro. Ele informou que apoiará a candidatura do empresário Petro Poroshenko.
Representantes da comunidade ucraniana no Brasil se reuniram na última quinta-feira na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) para debater a situação da Crimeia península ucraniana que tem sido alvo de disputa com a Rússia. A consulesa geral da Ucrânia, Laryssa Myronenko, o cônsul honorário, Mariano Czaikowski, e o presidente da Representação Central Ucraniano Brasileira, Vitório Sorotiuk participaram do evento, além do cientista político Masimo Della Justina.
Logo na entrada do auditório se via uma faixa com a frase "Ucrânia, estamos com você!", alinhada com a bandeira amarela e azul. Já no interior do teatro, o reitor da PUCPR, Waldomiro Gremski explicou que o encontro foi organizado por sugestão da Ukrainian Catholic University, que propôs uma discussão sobre o assunto no ambiente acadêmico.
Em meio a explanações sobre a constituição histórica, étnica e a situação econômica da Ucrânia, os convidados se posicionaram a respeito do recente conflito geopolítico na Crimeia. A consulesa Laryssa Myronenko questionou a legitimidade do referendo aplicado na região, no qual venceu a anexação à Rússia, com 98% dos votos. "Não se prepara um referendo em duas semanas. A Escócia, por exemplo, está se preparando agora para um referendo em setembro", disse.
Vitório Sorotiuk lembrou que a seleção de futebol da Rússia tem jogo marcado em Curitiba durante a Copa do Mundo, no dia 26 de junho, contra Argélia. Existe a expectativa da presença do presidente russo, Vladimir Putin. "O Brasil não pode receber o Putin em uma situação dessas. A presença de Putin é indesejada numa comunidade eslava em um momento como esse", comentou Sorotiuk, indicando a possibilidade de manifestações por parte da comunidade ucraniana.
Ao fim do encontro, o reitor pediu para que os descendentes de ucranianos presentes no auditório se levantassem. Cerca de dois terços dos espectadores ficaram de pé. Segundo a Diretoria de Relações Internacionais da PUCPR, essa foi a primeira sessão de uma série de debates que pode ter continuidade, abordando a Crimeia ou outros temas.
Desafio
País deverá combater corrupção para receber ajuda internacional
Uma empresa do ramo da beleza fecha quatro salões em vez de negociar com funcionários corruptos do governo. Um vendedor autônomo que comercializava tinta pelo porta-malas do seu carro recebe multa fiscal de US$ 5 milhões. Uma humilde banca de artesanato fecha depois de tributos serem multiplicados por dez da noite para o dia.
A redução da corrupção e da burocracia provavelmente estará entre as condições que a Ucrânia precisará cumprir em troca de um pacote internacional de resgate financeiro. Mas isso deve representar um desafio para o país, porque a cultura de corrupção e burocracia está profundamente enraizada.
Em todo o país, a corrupção e a burocracia estão mantendo as pessoas pobres. Se as empresas não conseguem crescer ou vão à falência, o governo que está quase quebrado perde arrecadação fiscal valiosa.
O Banco Mundial cita a corrupção "generalizada" e os encargos sobre as pequenas empresas como principais razões pelas quais a Ucrânia tem ficado seriamente para trás em termos econômicos ante os seus vizinhos desde que ganhou a independência em 1991, na dissolução da União Soviética.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano