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O Alto Representante para os Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), Josep Borrell
O Alto Representante para os Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), Josep Borrell| Foto: EFE/EPA/OLIVIER MATTHYS

O Alto Representante para os Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), Josep Borrell, alertou este sábado (29) que o bloco europeu nunca reconhecerá as autoridades resultantes do golpe de Estado ocorrido na última quarta-feira (26) no Níger e anunciou a suspensão da cooperação entre a UE e o país africano em matéria de segurança.

"A União Europeia não reconhece e não reconhecerá as autoridades resultantes do golpe de estado no Níger. O presidente [Mohamed] Bazoum foi eleito democraticamente, e, portanto, continua a ser o único presidente legítimo do Níger", disse Borrell em uma declaração em nome da UE.

O chefe da diplomacia europeia alertou que o "ataque inaceitável à integridade das instituições" do país africano terá "consequências para a associação e cooperação" entre a União Europeia e o Níger.

Nesse sentido, indicou que “apesar da cessação imediata do apoio orçamental, todas as atividades de cooperação no domínio da segurança estão também suspensas sem prazo para serem reativadas e com efeitos imediatos”.

Para a UE, a libertação de Bazoum "deve ser incondicional e sem demora" e as autoridades golpistas devem garantir a segurança do presidente deposto e de sua família.

Sobre o anúncio dos golpistas envolvendo a suspensão da Constituição do país africano e da dissolução das instituições democráticas, Borrell afirmou que isso "envolve o Estado e o povo do Níger, cuja paz, estabilidade e segurança devem ser preservadas".

A União Europeia reiterou os seus apelos "à plena e completa restauração, sem demora, da ordem constitucional" e subscreveu as declarações da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e dos seus dois parceiros africanos e internacionais a este respeito.

Borrell disse que durante este fim de semana a UE continuará os contatos "para alcançar este resultado".

Além disso, alertou que o bloco europeu está pronto “para apoiar futuras decisões da CEDEAO, incluindo a adoção de sanções”.

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