A União Europeia estendeu as sanções impostas contra a Rússia a altos oficiais de inteligência e líderes da revolta pró-Rússia no leste da Ucrânia, segundo informam documentos oficiais.

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Entre as 15 novas pessoas objeto de um congelamento de bens e proibição para viagens estão Alexander Bortnikov, chefe do Serviço Federal de Segurança da Federação Russa (FSB) e Sergei Beseda, chefe do departamento de operações internacionais e atividade de inteligência. Quatro membros do Conselho de Segurança da Rússia também foram incluídos na lista.

As novas medidas, destinadas a pressionar Moscou e seus aliados na Ucrânia, foram anunciadas no jornal oficial da UE e passam a ter efeito imediato. Ao mesmo tempo, dezoito organizações ou negócios, incluindo formações rebeldes no leste da Ucrânia, foram acrescentados na lista de bloqueio comercial.

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A ação trouxe para 87 o número total de pessoas sob sanção da UE por conta de fatos relacionados à anexação da Crimeia e à revolta no leste da Ucrânia. Dois negócios de energia baseados na Crimeia já tinham tido seus bens da UE congelados.

Mais cedo na sexta-feira, embaixadores chegaram a um acordo preliminar para irem ainda mais além nas sanções a Rússia, mirando seu acesso ao mercado de capitais europeu e negócios no setor de defesa, uso de bens e tecnologias sensíveis.

Em um documento preparado pelos embaixadores, autoridades da UE sugerem restringir o acesso de instituições financeiras russas detidas pelo Estado ao mercado de capitais da Europa. Apenas no ano passado, segundo o documento, 47% de todos os títulos de dívida emitidos por essas instituições vieram do mercado financeiro europeu, uma captação de 7,5 bilhões de euros.

Rússia diz que sanções enfraquecem luta antiterrorismo

O comunicado do Ministério russo afirma que as sanções mostram que a UE está virando as costas ao "trabalho conjunto com a Rússia na segurança nacional e internacional, incluindo a luta contra armas de destruição em massa, terrorismo e crime organizado". "Estamos certos de que a decisão será recebida com entusiasmo pelos terroristas internacionais", declarou o Ministério.

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Em um depoimento separado, o Ministério declarou ainda que os Estados Unidos estão conduzindo "uma campanha implacável de calúnias contra a Rússia".

O texto dedica espaço aos comentários feitos na sexta-feira pelo porta-voz de Washington Josh Earnest, no qual ele diz que os russos são "culpáveis" pela derrubada do voo MH17 no leste da Ucrânia. O Ministério russo reclamou que essas acusações não são baseadas em evidências. "Em outras palavras, o regime de Washington está baseando suas acusações em especulação tirada da internet e que não corresponde a realidade", concluiu.