A União Europeia (UE) confirmou nesta sexta-feira a extensão de sua missão "Atalanta" até o fim de 2014 e autorizou a ampliação do raio de ação, o que permitirá às tropas europeias atacar as bases dos piratas no litoral somali.
Os ministros das Relações Exteriores do bloco ratificaram o consenso alcançado na véspera por seus colegas de Defesa, que repassaram o estado da operação.
"O propósito da UE é permitir o ataque às instalações em terra a partir de onde partem os ataques aos navios no mar, mantendo o cuidado para não fazer vítimas civis", declarou em sua chegada à reunião o chanceler espanhol, José Manuel García-Margallo.
García-Margallo defendeu o "desmantelamento das instalações em terra" porque até agora "o que acontecia era que (os piratas) vinham, atacavam, voltavam e se protegiam. E isso evidentemente não pode ser".
O documento aprovado nesta sexta-feira pelos ministros das Relações Exteriores, além de prorrogar o mandato de Atalanta até 2014, assinala que o raio de ação da missão inclui "o território litorâneo e as águas interiores da Somália", depois que o Governo do país tenha autorizado.
Com isso, se dá sinal verde político aos ataques contra as infraestruturas piratas em terra, que países como França e Espanha vinham pedindo há meses.
A Alemanha foi o último país a levantar suas reservas à medida, após obter garantias de que não representará ações além de dois quilômetros em direção ao interior do litoral, explicou nesta sexta-feira a Agência uma fonte diplomática.
O Comitê Político e de Segurança da UE, de qualquer maneira, deve concordar na próxima semana com as novas regras de enfrentamento da missão e os detalhes do novo planejamento.
Uma vez completados todos esses preparativos, o comandante da missão, Duncan Potts, poderá ordenar a partir do quartel-general de Northwood (Reino Unido) o início dos primeiros ataques contra as bases, que serão feitas principalmente a partir do ar.
No terreno, o comando da missão corresponde até o próximo mês de abril ao contra-almirante espanhol Jorge Manso, que está a bordo da embarcação "Patiño".
A chefe da diplomacia comunitária, Catherine Ashton, destacou nesta sexta-feira a importância da missão e do "problema real da pirataria" e defendeu a necessidade de não só combater os piratas, mas de dar "alternativas" aos jovens somalis.
Atalanta começou em dezembro de 2008, desde então 117 supostos piratas foram capturados.
Atualmente, a operação conta com 1,4 mil soldados e, segundo a UE, em 2011 permitiu abortar 27 ataques a navios que passavam pelo Oceano Índico.
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