Os membros da União Europeia aprovaram uma medida nesta segunda-feira para congelar ativos do governante da Líbia, Muamar Kadafi, de seus familiares e outros altos funcionários. A UE expandiu as sanções já aprovadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) para mais indivíduos, porém não congelou ativos de fundos de investimento da Líbia que mantêm somas consideráveis nos países do bloco.
Os governos da UE "impuseram um embargo de armas sobre a Líbia e sanções contra aqueles responsáveis pela violenta repressão à população civil", disse Tamas Fellegi, ministro húngaro do Desenvolvimento Nacional, durante entrevista coletiva. Ele comandou um encontro de ministros de Energia, convocados a firmar um acordo sobre o tema em nome de seus respectivos governos.
A UE decidiu congelar os ativos de 26 indivíduos, incluindo Kadafi e sua família, e proibiu que essas pessoas viajem pelo bloco. No momento, o congelamento e a proibição a viagens é apenas para indivíduos. Mas já há relatos de que a decisão deixa a porta aberta para a inclusão de entidades legais, disseram diplomatas, sem citar exemplos. As medidas aprovadas hoje devem entrar em vigor nos próximos dias, porque exigem alguns passos legais para isso, disseram os diplomatas.
Kadafi, seus quatro filhos e sua filha estão incluídos nas sanções da ONU impostas na noite de sábado. A família tem muitos ativos nos Estados Unidos e na Europa, mas não está claro se o fundo de investimento soberano da Líbia, a Autoridade de Investimento Líbio (LIA, na sigla em inglês), e o Banco Central da Líbia também estariam incluídos nesse congelamento de ativos. O fundo LIA tem fatias consideráveis em várias companhias europeias, incluindo a editora Pearson, o banco italiano Unicredit e a companhia de defesa italiana Finmeccanica.
EUA
Hoje a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, pediu à comunidade internacional que trabalhe unida para tomar outras medidas a fim de encerrar a crise na Líbia. Ela notou que os Estados Unidos mantêm todas as opções sobre a mesa para tratar da crise no país do norte africano. As informações são da Dow Jones.
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