A União Europeia (UE) aprovou nesta terça-feira a ajuda de emergência de 210 milhões de euros (US$ 303 milhões) para produtores de vegetais atingidos pelas consequências do recente surto de contaminação com a bactéria Escherichia coli (E.coli), que matou pelo menos 37 pessoas. A ajuda é destinada a produtores de pepinos, tomates, alfaces, abobrinhas e pimentões, que foram retirados do mercado desde 26 de maio, após a descoberta de um novo tipo de E.coli no norte da Alemanha. Nesta terça-feira, uma criança de dois anos morreu por contaminação.
Sob o acordo, agricultores receberão um máximo de 50% do preço usual pago ao produtor em junho, o que será confirmado finalmente em 22 de julho, quando os países membros da UE informarem os volumes que deverão ser cobertos pela ajuda.
Espanha, França, Polônia e Eslováquia votaram contra o pacote de ajuda, depois de pedir mais recursos para os produtores, inclusive os de outros vegetais. Produtores espanhóis afirmam que perderam 225 milhões de euros por semana desde que a crise começou.
Referindo-se à ajuda aprovada, o comissário agrícola da UE, Dacian Ciolo, disse que se trata de um importante sinal aos produtores de vegetais frescos. "Eu estava muito interessado em mostrar que a Europa pode reagir rapidamente quando precisa." Ele acrescentou que está "aliviado" porque a fonte de contaminação foi descoberta - brotos vegetais. "Estou otimista que o consumo possa se recuperar rapidamente."
Produtores também foram afetados quando a Rússia impôs uma proibição sobre as importações de vegetais de 27 países da UE, um movimento criticado pelas autoridades do bloco. Em encontro realizado na sexta-feira, Moscou concordou retirar o embargo, embora não tenha especificado quando o anúncio entraria em vigor.
Brotos vegetais produzidos numa fazenda na vila de Bienenbuettel no norte da Alemanha, foram identificados como a causa do surto de E.coli, que até o momento chegou a 14 países. As informações são da Dow Jones.
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