O premiê canadense, Mark Carney, alegou que a taxa é um “ataque direto” ao acordo comercial entre os dois países e o México (T-MEC)| Foto: EFE/EPA/KAMARA MOROZUK
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Políticos do Canadá e da União Europeia (UE) criticaram um anúncio feito nesta quarta-feira (26) pelo presidente americano, Donald Trump, de que aplicará a partir de 3 de abril uma tarifa de 25% a todos os carros exportados para os Estados Unidos.

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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse no X que lamenta “profundamente” a decisão dos Estados Unidos.

“Tarifas são impostos — ruins para as empresas, piores para os consumidores, nos EUA e na UE. A UE continuará buscando soluções negociadas, ao mesmo tempo em que salvaguarda seus interesses econômicos”, escreveu.

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No Canadá, o premiê da província de Ontário, Doug Ford, que recentemente protagonizou uma troca de ameaças com os Estados Unidos por prometer cobrar taxas na exportação de energia para o país vizinho, disse que a tarifa de 25% sobre carros e caminhões leves imposta por Trump “não fará nada mais do que aumentar os custos para as famílias americanas trabalhadoras”.

“Os mercados dos EUA já estão em declínio, pois o presidente causa mais caos e incerteza. Ele está colocando empregos americanos em risco”, disse Ford, que afirmou ter falado com o premiê canadense, Mark Carney, sobre tarifas retaliatórias.

Segundo a Reuters, Carney confirmou a jornalistas em Kitchener, Ontário, que estuda responder na mesma moeda e que o assunto será tema de uma reunião do seu gabinete na quinta-feira (27).

“Defenderemos nossos trabalhadores, defenderemos nossas empresas, defenderemos nosso país e o defenderemos juntos”, disse Carney. Ele alegou que a taxa é um “ataque direto” ao acordo comercial entre os dois países e o México (T-MEC).

A Casa Branca disse que a tarifa tem o objetivo de “proteger a indústria automotiva dos EUA, que é vital para a segurança nacional e tem sido prejudicada por importações excessivas que ameaçam a base industrial e as cadeias de abastecimento nacionais”, e que a única maneira de montadoras fugirem da taxa será fabricar veículos nos Estados Unidos.

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