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A União Europeia (UE) incluiu em sua lista negra de russos e ucranianos sancionados por ameaçar a soberania e estabilidade da Ucrânia pessoas próximas ao presidente russo, Vladimir Putin, assim como o fabricante russo de sistemas antiaéreos Almaz-Antey, e o Russian National Commercial Bank.

A lista divulgada nesta quarta-feira no Diário Oficial da UE contém oito nomes, entre eles os de Yuriy Valentinovich Kovalchuk e Nikolay Terentievich Shamalov, fundadores da Ozero Dacha, uma cooperativa que reúne um grupo de pessoas influentes em torno de Putin.

Igualmente entre os oito nomes está o amigo pessoal de Putin Arkady Romanovich Rotenberg, ex-parceiro de judô e ganhador de vários contratos milionários para as preparações dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi.

Por outro lado, também passaram a estar na lista negra três entidades, entre as quais destaca-se a Almaz-Antey, uma empresa controlada pelo Estado russo que fabrica armas antiaéreas e mísseis terra-ar e é o principal fornecedor do Exército russo.

O Kremlin teria fornecido através desta companhia material militar pesado aos separatistas ucranianos, incluindo recursos "para derrubar aviões", afirmou a UE.

Este fabricante de armamento já figura na lista negra dos EUA, dado que os sistemas de defesa antiaérea "Buk", que supostamente poderiam ter sido utilizados para derrubar o avião malaio que caiu em 17 de julho sobre Donetsk, no leste do país, são fabricados pela Almaz-Antey.

Também se encontram entre as empresas sancionadas a companhia aérea estatal Dobrolet, que desde a anexação ilegal da Crimeia à Federação russa operou voos entre Moscou e Simferepol.

Além disso, passou a engrossar a lista o Russian National Commercial Bank, controlado completamente pela República da Crimeia após a anexação da região pró-russa e que, ao substituir outros bancos na península, "apoia materialmente e financeiramente as ações do governo russo para integrar a Crimeia" na Federação.

Por outro lado, na decisão publicada hoje, a UE proíbe a compra ou participação em empresas baseadas na Crimeia e dedicadas totalmente ou parcialmente ao petróleo, gás e recursos minerais.

Os países da UE acordaram nas últimas 48 horas os novos nomes sancionados assim como a imposição de medidas restritivas comerciais e de investimentos aos territórios da Crimeia e Sebastopol, anexados pela Rússia.

A lista já conta com 85 pessoas e 23 entidades.

Aos sancionados está proibida a entrada na UE e seus ativos em território comunitário serão congelados.

Os países da UE acordaram, além disso, pela primeira vez sanções econômicas à Rússia por causa das 298 vítimas do acidente do avião da Malaysia Airlines que caiu no leste ucraniano após ser supostamente alcançado por um míssil.

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