Manifestantes contrários à reação dos EUA na Síria protestam em Manila, nas Filipinas| Foto: Erik De Castro/Reuters

Repercussão

Alemanha assina declaração pedindo "resposta forte"

Agência Estado

A Alemanha assinou uma declaração global pedindo "uma resposta forte" ao ataque com armas químicas atribuído ao regime do presidente sírio, Bashar Assad, disse o ministro das Relações Exteriores alemão, Guido Westerwelle, neste sábado.

A Alemanha foi o quinto integrante da União Europeia a assinar a declaração, emitida durante a cúpula do G-20, em São Petersburgo, onde foi assinada por 11 países, incluindo Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Itália e Espanha.

CARREGANDO :)

100 mil é o número estimado de mortos deixados pela guerra civil síria em dois anos. 1,4 mil teriam morrido após o uso de gás químico.

Ministros das Relações Exteriores da União Europeia concordaram em uma declaração firme sobre a crise síria neste sábado, afirmando pela primeira vez como um grupo que há "fortes indícios" de que o regime de Bashar Assad estava por trás de ataque com armas químicas no mês passado e pedindo uma resposta "clara e forte". Eles ponderaram, no entanto, que é preciso aguardar a divulgação de relatório de inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU) antes de qualquer possível ataque militar contra o regime.

Publicidade

Depois de se encontrar com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, ministros europeus encerraram um período de dias de divisão sobre o assunto divulgando um comunicado comum de que "as informações a partir de uma ampla variedade de fontes confirmam a existência de tal ataque e parecem indicar fortes evidências de que o regime sírio é responsável por esse ataque", destacou a chefe de assuntos externos da UE, Catherine Ashton.

A declaração veio no final de uma reunião de dois dias em Vilnius, Lituânia, seguida de discussões com Kerry, que se juntou aos ministros na manhã de sábado.

Ela acrescentou que, "em face desse uso cínico de armas químicas, a comunidade internacional não pode permanecer inativa". "Uma resposta clara e forte é crucial para deixar claro que tais crimes são inaceitáveis e que não haverá impunidade."

As nações da UE, a maioria das quais tem sido cética sobre uma retaliação rápida contra o regime do presidente sírio, Bashar Assad, ressaltaram a necessidade de avançar com uma resposta por meio do processo da ONU. O bloco pediu que qualquer ação internacional espere o relatório dos inspetores das Nações Unidas que visitaram Damasco na esteira do ataque. O grupo de 28 países também conclamou o Conselho de Segurança das ONU a assumir as "suas obrigações" na resolução da crise síria.

Brasil

Publicidade

Premiê britânico cobra de Dilma apoio a intervenção

Como costuma acontecer, o Brasil demorou a se posicionar sobre a intervenção contra as forças de Bashar Al-Assad na Síria, e o país foi cobrado por uma declaração. O premiê britânico David Cameron foi quem pediu aos presidentes do Brasil e da África do Sul que manifestem apoio à reação militar.

"Obama está certo em defender a lei internacional e o princípio da responsabilidade em proteger, e é importante argumentar com a África do Sul, o Brasil e outros", disse o líder.

A afirmação veio durante o jantar de abertura da cúpula do G20, encerrado na noite de sexta-feira. A presidente Dilma afirmou no evento que o Brasil repudia o uso de armas químicas, cujo uso é considerado um "crime hediondo", mas evitou afirmar qual dos exércitos da guerra civil síria seria culpado pelo ataque com gás.