Os líderes dos quatro partidos da coalizão de direita: Matteo Salvini, Silvio Berlusconi, Giorgia Meloni e Maurizio Lupi.| Foto: EFE/EPA/GIUSEPPE LAMI
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A Comissão Europeia (CE) divulgou nesta segunda-feira (26) que espera uma "cooperação construtiva" com o futuro governo da Itália, que, provavelmente, terá como primeira-ministra a líder de direita Giorgia Meloni.

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"A Comissão e a presidente (Ursula von der Leyen), trabalham com os governos que saem das urnas nas eleições nos países da União Europeia. Esperamos uma cooperação construtiva com as novas autoridades italianas", disse o porta-voz chefe da CE, Eric Mamer, em entrevista coletiva.

A coalizão formada pelo Irmãos de Itália, Liga e Força Itália venceu as eleições gerais deste domingo, com a primeira das legendas, liderada por Meloni, sendo a mais votada, com 26,2%, o que a torna encarregada de formar o governo.

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Segundo o representante do Executivo da União Europeia, "a Comissão trabalha extremamente forte para enfrentar os problemas que têm os europeus em conjunto, e os italianos em particular".

"Cinco anos de estabilidade"

O líder do partido de direita A Liga, Matteo Salvini, garantiu nesta segunda-feira que "cinco anos de estabilidade" estão reservados para a Itália, com a vitória da aliada Giorgia Meloni nas eleições gerais do país.

"Hoje é uma segunda-feira onde há um governo eleito por cidadãos, com maioria clara de centro-direita, e nos manteremos durante cinco anos, sem mudanças, focando no que é preciso fazer", disse o político, ao comentar os 44% dos votos obtidos pela coalizão formada pela Liga, pelo Irmãos de Itália, e pelo Força Itália, que permitirá um governo de maioria na Câmara e no Senado.

Salvini revelou que ter parabenizado Meloni ainda durante a madrugada pela vitória no pleito.

"Agora, trabalharemos juntos", garantiu o líder da Liga, antes de adiantar que está prevista uma reunião ainda para hoje entre os aliados, para que seja formado um novo gabinete.

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Salvini destacou que os italianos premiaram a oposição ao governo do atual primeiro-ministro, Mario Draghi, especialmente o partido Irmãos de Itália.

Para o político, a Liga - que não ultrapassou a barreira dos 9% dos votos - pagou o preço por ter feito parte de coalizão com o Movimento 5 Estrelas e com o Partido Democrata, o que disse que "voltaria a fazer, dada a situação do país após a pandemia".

"Na Itália é um grande dia, porque podemos esperar por cinco anos de estabilidade pela frente. Com o governo anterior, teríamos nove meses de um executivo de litígio contínuo", disse Salvini.

A Liga conseguiu 100 cadeiras no Parlamento, o que não fará com que encabece a coalizão de governo, admitiu Salvini, que afirmou qual será a participação da legenda.

As pesquisas indicavam 12% de votos para a Liga, o que não ocorreu. De toda forma, o desempenho do partido é muito inferior ao das eleições europeias, em 2019, que foi de 34%; e o das eleições gerais italianas, em 2018, que foi de 28%.

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"Estamos em um governo em que seremos protagonistas. Na semana passada, estávamos em um governo que nos considerava incômodos. Os italianos elegeram a coerência", afirmou.