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Atualizado às 16h

BRUXELAS - A União Européia (UE) está pronta para manter sua ajuda aos palestinos, mas quer que o governo liderado pelo Hamas se desarme e se comprometa a negociar a paz com Israel, de acordo com um documento preliminar a ser analisado por ministros europeus nesta segunda-feira.

- A União Européia está pronta para continuar apoiando o desenvolvimento econômico palestino e a construção da democracia - disse um diplomata europeu, segundo o texto.

Ele afirmou ainda que a UE espera que o novo Conselho Legislativo Palestino apóie a criação de um governo "comprometido com uma solução pacífica e negociada sobre o conflito com Israel".

A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, descartou qualquer assistência financeira a um governo liderado pelo Hamas e pediu que outras nações façam o mesmo. A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que só negocia com os radicais se eles renunciarem à violência.

Condoleezza anunciou que os Estados Unidos vão honrar a ajuda financeira acertada com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, mas suspenderão o auxílio quando o Hamas assumir o governo, com a maioria que a organização alcançou no Parlamento, o que lhe dá direito a indicar o premier.

- Os Estados Unidos não estão preparados para financiar uma organização que defende a destruição de Israel, que defende a violência e que se nega a cumprir suas obrigações - disse.

O líder da lista de candidatos do Hamas ao Parlamento palestino, Ismail Haniyeh, fez um apelo nesta segunda-feira para que a UE não corte a ajuda financeira ao governo palestino.

- Pedimos que vocês compreendam as prioridades do povo palestino neste estágio e continuem a ajuda espiritual e financeira para pôr a região no caminho da estabilidade, em vez em vez de no da pressão e da tensão - disse Haniyeh, prometendo que o auxílio seria empregado para pagamento de salários e programas humanitários.

O Hamas, que é considerado um grupo terrorista pelos Estados Unidos e pela União Européia, tem como diretriz a aniquilação do Estado de Israel.

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