Funcionários da União Europeia disseram que investigariam o uso de dados de usuários do Facebook, depois que a rede social afirmou que a Cambridge Analytica, ligada à campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, guardou informações indevidamente durante anos, apesar de ter dito que havia destruído esses registros.
"As alegações de uso indevido de dados de usuários do Facebook são uma violação inaceitável dos direitos de privacidade dos nossos cidadãos. O Parlamento Europeu investigará plenamente, chamando as plataformas digitais para a investigação", disse o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, em seu perfil oficial no Twitter.
A comissária de Justiça da UE, Vera Jourová, descreveu as notícias de que os dados foram mal utilizados para fins políticos como "horríveis, se confirmadas", acrescentando que esperava que "as empresas assumissem mais responsabilidade ao lidar com nossos dados pessoais". Jourová disse que procuraria esclarecimentos adicionais do Facebook e que discutiria o assunto com funcionários do governo dos EUA em sua viagem programada para esta semana. Jourová se reunirá com o procurador-geral americano, Jeff Sessions, e com o secretário do Comércio, Wilbur Ross.
O Congresso dos EUA também disse que irá começar investigações sobre os relatos envolvendo a Cambridge Analytica.
Os líderes do Comitê de Comércio da Câmara dos Representantes estão "examinando este incidente de perto", disse uma porta-voz nesta segunda-feira. Alguns procuradores gerais também estão planejando investigar o caso. Especialistas acreditam que o incidente também pode levar a uma renovada investigação das práticas de privacidade do Facebook pela Comissão de Comércio Federal (FTC, na sigla em inglês), embora a companhia tenha dito acreditar que não violou um decreto de consentimento prévio da FTC.
Com informações da Dow Jones Newswires.
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