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A União Europeia (UE) e o Mercosul reafirmaram durante a cúpula entre o bloco comunitário e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que termina nesta terça-feira (18) em Bruxelas, sua "determinação" de que o acordo de associação que alcançaram em 2019 possa ser concluído antes do final do ano.
“Reafirmaram sua determinação em trabalhar para a conclusão do acordo entre a UE e o Mercosul até ao final de 2023 e resolver todas as pendências, de acordo com as prioridades e preocupações de cada parte”, destacaram, segundo comunicado divulgado hoje pela Comissão Europeia após uma reunião entre as partes.
O Comissário Europeu de Comércio, Valdis Dombrovskis, se reuniu com os ministros das Relações Exteriores da Argentina, Santiago Cafiero; Brasil, Mauro Vieira; Paraguai, Julio Arriola, e Uruguai, Francisco Bustillo, na noite dessa segunda (17).
No encontro, eles destacaram que o acordo de associação será um "elemento constitutivo" de uma associação comercial e política "mais forte" para "enfrentar juntos desafios comuns" e de uma relação baseada no desenvolvimento sustentável.
O acordo contribuirá para fortalecer cadeias de valores regionais e birregionais confiáveis, sustentáveis e resilientes. Além disso, aumentará a competitividade da indústria de ambas as partes, lembrou a Comissão, acrescentando que também oferecerá oportunidades para as PMEs e os segmentos mais vulneráveis das sociedades dos dois lados.
Nos rascunhos da declaração da cúpula, que circularam nas semanas que antecederam a reunião, a vontade da UE e do Mercosul de concluir o acordo de associação está paralisada devido à relutância de França e Irlanda em impactar os agricultores, as importações de carne nos países e discordância com as exigências do Parlamento Europeu ou da Áustria em matéria de mudanças climáticas.
No primeiro dia da cúpula, o chanceler alemão, Olaf Scholz, estava convencido de que um acordo entre a UE e o Mercosul seria alcançado em breve, "em pé de igualdade".
Por sua vez, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que “a defesa dos valores ambientais que todos partilhamos não pode ser desculpa para o protecionismo”, acrescentando que proteger a floresta amazônica “é um dever de todos”.