Os 27 membros da União Europeia entraram em acordo nesta quinta-feira (17) para acelerar o envio de tropas do bloco para treinar o Exército do Mali. Radicais islâmicos tentam tomar o controle do país.
A intenção da missão de treinamento é preparar as tropas malinesas para controlar o país africano após o fim de uma intervenção francesa na região. Neste momento, o Exército só é capaz de garantir a segurança e a soberania no sul do Mali, onde fica a capital Bamaco.
As operações foram aprovadas por todos os chanceleres dos 27 países integrantes do bloco europeu. Cerca de 500 soldados europeus serão enviados à região, incluindo 200 formadores, até o fim de fevereiro.
Eles serão encarregados de treinar quatro batalhões do Exército malinês para prepará-los a enfrentar os três grupos de radicais islâmicos, que estão mais preparados e armados, para retomar o norte ocupado desde junho do ano passado. A missão, no entanto, não deverá se envolver com combates.
Mais cedo, o chanceler da França, Laurent Fabius, disse que esperava a solidariedade europeia para acompanhar a crise no Mali, ao considerar que o terrorismo é um problema que afeta a todos os países do bloco.
Na terça-feira (15), a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, disse que a crise no Mali ameaça diretamente a União Europeia e prometeu apoio logístico e financeiro à intervenção feita no país."Sob nenhuma circunstância podemos ficar indiferentes", disse, no Parlamento Europeu. Em seguida, afirmou que os países europeus irão treinar o Exército do Mali "o mais rápido possível".